Glaucio Alencar, acusado de ser o mandante da morte do jornalista Décio Sá, em abril de 2012, foi ouvido na manhã desta sexta-feira (29) na Superintendência de Investigações Criminais (Seic), em São Luís. No local, ele prestou declarações sobre o crime de agiotagem, investigado no Maranhão.

Sem a presença do seu advogado, Glaucio falou sobre os benefícios que recebeu em quatro municípios maranhenses na sala de Comissão de Advogados, que investiga os casos de agiotagem no estado. Segundo a Polícia, a presença de Glaucio na sede da Seic é muito importante porque é um confronto de informações do que já foi investigado, até o momento, em quatro municípios do Maranhão, onde várias pessoas já foram presas.

De acordo com o delegado que preside a Comissão, Roberto Fortes, Glacio foi beneficiado por quatro prefeituras do estado, segundo aponta a investagação. Ele foi favorecido em Dom Pedro, Bacabal, Zé Doca e Marajá do Sena. Ele afirmou que haverá uma acareação para saber mais detalhes sobre a empresa El Berite, beneficiada durante a ex-gestão em Bacabal.

“Após esse interragatório dele nós iremos acareá-lo com o proprietário da empresa El Berite, que foi uma empresa altamente beneficiada durante a ex-gestão em Bacabal. Ela foi beneficiada em uma vultuosa soma em dinheiro sem nenhuma justificativa, sem licitação e sem contrato”, revelou.

Ainda segundo a Polícia, ainda pode acontecer uma acareação entre Glaucio Alencar e o empresário Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como “Pacovan, preso recentemente. As operações contra acorrupção e a agiotagem no Maranhão já atuaram em quatro municípios com prisões de dois prefeitos e quatro ex-prefeitos.