No dia 19 de janeiro de 2021, São Luís respirava aliviada e celebrava um momento histórico, com o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, inicialmente com a Coronavac e depois com os imunizantes AstraZeneca, Pfizer e Janssen. Com doses limitadas, a campanha começou focando grupos mais expostos, como os profissionais de saúde, e mais vulneráveis, como os idosos.

Na época, o senhor José Maria Lima, de 59 anos, foi a primeira pessoa vacinada na capital maranhense. O avanço da vacinação se refletiu no número de infectados, internados e também de óbitos. Os imunizantes reduziram a ocorrência de casos graves e mortes na pandemia, mesmo que a ascensão de variantes mais transmissíveis tenha provocado novas ondas de disseminação do coronavírus.

Um ano se passou, um ano no qual a vacinação foi protagonista. Se 2020 foi o ano do medo, 2021 foi o da esperança. Esperança que invadiu também 2022. E isso se deve às vacinas. Até o momento, se a Ômicron tem provocado menos mortes e internações, apesar de sua virulência, isso se deve as vacinas. Se está sendo possível levar uma vida mais próxima da normalidade, com cuidados ainda fundamentais, adotando máscaras e evitando aglomerações, isso se deve às vacinas. Afinal, a própria vida como a conhecemos hoje, longeva e com qualidade, também se deve às vacinas. Todas elas.

A imunização infantil, um ano depois, é um presente. Um pouco atrasado, é verdade, não houvesse no Brasil um governo que insiste em politizar a saúde pública. Como se vidas fossem banais. A consulta pública sobre a exigência de prescrição médica para a vacinação das crianças, um artificio demagógico do Ministério da Saúde, serviu para confirmar que os pais tinham pressa, queriam a vacina o quanto antes.

Pesquisa Datafolha segue a mesma linha, ao apontar que 79% dos brasileiros são a favor da vacinação das crianças de 5 a 11 anos. E, por todo o país, as imagens da vacinação dos pequenos durante o fim de semana mostram que o encontro com a vacina foi uma verdadeira festa.

Um ano depois que as percussoras profissionais de saúde inauguraram o caminho para a vacinação em massa dos brasileiros, com quase 70% da população atualmente com as duas doses, os desafios não cessam. Não é uma questão nem só relacionada à dose de reforço, imprescindível obstáculo para a Ômicron, mas de preparação para o que está por vir.

A imunização contra a Covid-19, ao que tudo indica, será uma rotina com a qual teremos que nos acostumar por algum tempo. A ciência ainda não tem as respostas exatas, mas já indica caminhos. As possíveis novas doses devem ser recebidas com a mesma empolgação da primeira, sem dar ouvidos a teorias conspiratórias. E o Brasil, mesmo tendo um presidente que diz não ter se vacinado, precisa garantir que essas vacinas continuem chegando. Casa encontro com a vacina é como se fosse a primeira vez.

Em tempos de desinformação e pandemia, o blog do Isaías Rocha reforça o compromisso com o jornalismo maranhense, profissional e de qualidade. Nossa página produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.