Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte, na manhã desta terça-feira (1/02), o atual superintendente de Transporte da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), André Rodrigues, apresentou medidas que visam modernizar a tecnologia dos coletivos com equipamentos que facilitem o controle operacional das linhas e a mobilidade dos passageiros.

Ao iniciar a fala informou ter graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual do Maranhão e ser servidor efetivo da SMTT. André Rodrigues prestou esclarecimentos sobre como são feitas fiscalizações atualmente no sistema de transporte e informou terem sido expedidas um total de 3.024 notificações aos consórcios em 2021.

“É importante dizer que sabemos que apenas notificar não tem sido o suficiente para garantir um serviço de qualidade. Por isso, estamos apresentando ao secretário um novo sistema de controle baseado em índices qualitativos, previstos no contrato de concessão. Este projeto está sendo finalizado e acredito que, após aprovação, ele será colocado em prática nos próximos meses e vai proporcionar melhor controle e transparência ao sistema de transporte”, acrescentou André Rodrigues.

O atual superintendente de Transportes da SMTT, ao ser inquirido pelo relator da CPI, também prestou informações sobre a greve de ônibus que aconteceu de 21 de outubro a 1º de novembro de 2021, o impacto da pandemia no sistema de transporte da capital e expôs possibilidades para melhorias do transporte de São Luís, dentre outros temas.

“Como já foi dito nesta CPI, não existe um único fator que vai resolver o problema do sistema de transporte, mas, sim, um conjunto de esforços com medidas de curto, médio e longo prazos. A 1ª que eu poderia citar é equiparar o sistema de transporte a outros serviços essenciais à população, como saúde e educação. A partir dessa premissa deve ser criada uma política pública envolvendo não apenas o Município, mas sim, de forma conjunta, os 3 entes da federação. Isso seria fundamental para a captação de recursos para investimentos tanto para a mobilidade quanto para a melhoria dos serviços”, explicou o depoente.

André Rodrigues ainda citou um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para embasar a análise feita por ele. “A gente precisa manter uma tarifa pública adequada que a população possa pagar. Temos que oferecer um serviço de melhor qualidade ao usuário e também temos que buscar novas tecnologias”, frisou.

“O melhor estudo nacional em relação a essa busca de soluções é o estudo do Ipea que foi publicado em abril de 2021. Nesse estudo são apontados 4 problemas de todos os sistemas de transporte de todas as capitais do Brasil: a tarifa não é mais atrativa ao usuário; as rotas e linhas não atendem mais à demanda que o usuário busca; ao longo dos anos o sistema de transporte perdeu demanda de passageiros para o transporte individual; e também temos sérios problemas de mobilidade com a não priorização do transporte coletivo”, concluiu.

 

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