O governador Carlos Brandão é uma figura que foge a qualquer análise política dentro da lógica. Desde 2006, nunca perdeu uma eleição e massacrou nas urnas sem fazer uma ofensa, sem praticar uma baixaria, todos os seus adversários que ousaram lhe enfrentar.
A sua última eleição foi um exemplo: derrotou todas as lideranças da oposição na disputa do governo no primeiro turno, o que não era esperado, por seus concorrentes serem políticos experientes e terem vindo de expressivas votações em 2016, 2018 e 2020. E fez tudo isso conversando sem murro na mesa, usando apenas o diálogo e sem imposição.
Não fez um primeiro governo que possa ser tido como brilhante, devido ao curto período que assumiu. O problema, entretanto, é que na política ou numa eleição, o que importa é ter caído na simpatia popular, como foi seu caso. Sua postura no trato político tem sido seu ponto forte que surpreende até mesmo seus opositores.
Com maioria no Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal e, com as obras prometidas, não é demais se prever que, se for candidato ao Senado em 2026, uma das duas vagas será sua. O problema, entretanto, é que sua saída do cargo vai depender de uma conjuntura politica como foi o caso do ex-governador Zé Reinaldo, que optou em permanecer na cadeira pra fazer seu sucessor, nas eleições de 2006.
Brandão quebrou todos os paradigmas da política maranhense. Como secretário, deputado federal, vice-governador e governador, queira-se ou não, já entrou para a história política do Maranhão como um vencedor, mas acima de tudo, como um grande articulador.
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