A frase ‘se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à montanha’, foi pronunciada quando o fundador do Islamismo tentava converter um grupo de árabes que o desafiou a mover o Monte Safa para perto de si. O profeta tentou, mas não conseguiu.

No entanto, ele usou uma estratégia bem convincente: foi até a montanha e disse ter recebido “uma graça de Deus por não ter conseguido o milagre”, inclusive, dizendo que se “a montanha viesse aos incrédulos, mataria todos ali reunidos”. Foi aí que o profeta voltou ao monte para agradecer a Deus pelo ‘milagre’ por ter “poupado uma geração de obstinados”.

O ditado popular “Maomé e a montanha” também pode ser usado para definir a situação do governador Carlos Brandão (PSB), que busca sua reeleição com o apoio do PT do ex-presidente Lula. O socialista realizou sua convenção no último fim de semana, sem a presença de Lula. Para mostrar força, entretanto, usou um vídeo do petista manifestando apoio à sua candidatura no estado.

Hoje, por exemplo, o governador maranhense aprontou mais uma: soube da visita de Lula no Piauí e se deslocou ao estado vizinho, com seu candidato a vice Filipe Camarão, para fazer uma foto com o ex-presidente visando se fortalecer mais ainda junto ao eleitorado maranhense, onde o petista lidera todas as pesquisas.

O problema é que a tentativa de mostrar força acabou remetendo o registro fotográfico ao ditado ‘se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à montanha’. Afinal de contas, não custa lembrar aquele outro proverbio que diz: ‘A fé pode não mover montanhas, mas ajuda a subir’.

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