O síndico do condomínio de luxo Farol da Ilha, Manoel Ximenez, onde houve um incêndio nesta terça-feira (2), na Avenida dos Holandeses, em São Luís, admitiu que o lugar não possui um sistema eficiente de prevenção a incêndios. Ele afirmou que os órgãos públicos deram licença para que o empreendimento fosse liberado. “Em fevereiro deste ano o Corpo de Bombeiro fiscalizou, vistoriou e deu um laudo dizendo que estava tudo ok”.
Ele criticou o projeto da construtora do empreendimento que não previu, por exemplo, espaço para a entrada de caminhões do Corpo de Bombeiros em casos de emergência. “Esse projeto é mal feito, é mal elaborado e a Prefeitura aprovou. Nós não temos acesso a nenhum prédio, o corpo de bombeiro não encosta. Não tem como encostar, não tem acesso para o socorro. Isso porque foi em um prédio que ficas nas margens da rodovia. O plano de manutenção e o plano de fuga que deveria ter esses empreendimentos e que não tem. A Cyrela nem fez no projeto e nem apresentou até hoje”.
Na manhã desta quarta-feira (3) uma equipe do Corpo de Bombeiros realizou uma vistoria e constatou grandes problemas que vieram à tona após o incêndio no local. Pelo menos foi o que afirmou o comandante do Corpo de Bombeiros, Célio Roberto. Ele diz que o sistema preventivo para situações como essa se mostrou completamente ineficaz.
“O sistema preventivo fixo do prédio se mostrou ineficaz. As bombas não funcionaram e ela tem que ser automática. Ela tem que entrar tão logo seja necessário. Tem que funcionar independente da alimentação elétrica do prédio ela tem que funcionar com o suporte próprio para ela”.
Sobre a escada do grupamento não ter subido até o topo, o comandante disse que não existe nenhuma escada que chegue até o último andar de um prédio, e acrescentou que ela não pode ser um fator determinante em casos de prevenção a incêndios. “Não tem nenhuma escada em lugar nenhum do mundo que vá chegar ao topo de edifícios muito altos. A escada não foi problema porque a escada é um suporte que nós utilizamos. Ela não é o fator essencial quando se pensa em combate a incêndio vertical”, explicou.