Do blog do Marco D’Eça
Desde a retomada das eleições diretas nas capitais, São Luís teve sete prefeitos.
Nenhum daqueles que conseguiu chegar ao fim de suas gestões – fosse um ou dois mandatos – conseguiu dar sequência a uma vida pública após encerrar o último dia no cargo.
Se conseguir a proeza de eleger-se em 2020, o ex-prefeito Tadeu Palácio – anunciado como possível candidato – pode quebrar este tabu.
Alguns poderiam dizer: E Jackson Lago?!?
O pedetista Jackson Lago não cumpriu todo o último mandato, entre 2000 e 2004, deixando-o na metade – e quebrando a sequência – para concorrer ao governo, em 2002, elegendo-se governador apenas em 2006.
Ou seja, o ex-governador não passou pelo tabu da conclusão de todos os mandatos.
A primeira prefeita de São Luís eleita após a redemocratização foi Gardênia Gonçalves.
Ela assumiu em 1985 e ficou no cargo até dezembro de 1988; de lá para cá, nunca mais se elegeu a nenhum outro posto político.
Jackson teve o seu primeiro mandato entre 1989 e 1992, elegendo Conceição Andrade sua sucessora; Esta, que já havia sido deputada estadual e candidata a governadora, permaneceu até 1996, quando devolveu o posto a Jackson, já seu desafeto.
E nunca mais se elegeu a nenhum outro cargo.
Em 2000, Jackson se reelege e renuncia em 2002, deixando no posto o vice, Tadeu Palácio, que se reelege em 2004, ficando até 2008.
Desde então, Palácio nunca mais conseguiu novo mandato.
O ex-governador João Castelo se elege prefeito em 2008, mas não consegue a reeleição em 2012, interrompendo um ciclo que poderia durar até 2016.
Talvez por isso, Castelo voltou a ser deputado em 2014, falecendo em 2015.
O atual prefeito Edivaldo Holanda encerra sua gestão em 2020; terá dois anos para se preparar e quebrar o tabu dos que vão até o fim de seus mandatos.
Mas a bola da vez pode ser Tadeu Palácio…