O ex-senador José Sarney e os senadores Edison Lobão, Jarder Barbalho, Renan Calheiros, Romero Jucá e Valdir Raupp, além do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, foram denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os caciques da cúpula do PMDB foram denunciados por crime de organização criminosa no âmbito da Operação Lava Jato. Todos são acusados de receberem R$ 864 milhões em propinas e gerarem prejuízos da ordem de R$ 5,5 bilhões à Petrobras e de R$ 113 milhões à subsidiárias da estatal.
Além das condenações dos denunciados, cujas penas podem variar de 3 a 8 anos de prisão, Janot pede ao STF a perda dos mandatos dos senadores e que os acusados paguem R$ 200 milhões, sendo R$ 100 milhões a título de ressarcimento aos cofres públicos e outros R$ 100 milhões como indenização por danos morais.
Segundo a acusação apresentada hoje pelo procurador-geral da República, a suposta organização criminosa do PMDB do Senado foi “constituída e estruturada” em 2002, após a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e passou a receber propinas da Petrobras a partir de 2003, quando o petista tomou posse e buscou apoio do PMDB e PP no Congresso.
“Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas”, afirma o procurador-geral da República.
Do blog com informações da Veja