Em seu terceiro dia, greve dos bancários do Maranhão já causa vários problemas entre clientes que precisam utilizar os serviços das agências bancárias. Na última segunda-feira (6), o movimento de greve foi iniciado com uma mobilização na Praça Deodoro, centro de São Luís. A classe reivindica reajuste salarial e maior participação nos lucros das instituições.
Por conta da greve, serviços como saques e depósitos ficam menos eficientes. É o que confirma a Diana Castro, que trabalha como operadora de caixa. Ela foi à agência do Banco do Brasil do bairro São Francisco para sacar o dinheiro da aposentadoria da tia, mas afirmou sentir muita dificuldade para realizar a operação.
“Eu vim sacar o dinheiro da aposentadoria da minha tia. Encontrei dificuldade para realizar o saque. Fora que eu também trabalho e ainda não consegui sacar meu dinheiro porque o banco está em greve e ainda não fizeram o depósito. Eu tenho contas para pagar, mas como o prazo é no fim do mês, espero que não seja afetada. Não fui resolver nada nas Lotéricas, mas sei que está sempre lotado de pessoas”, contou.
O policial militar Ronald Ribeiro também foi tentar resolver um problema no cartão, mas não obteve sucesso. “Eu vim resolver um cartão que foi bloqueado e agora preciso retirar meu dinheiro e não tem como retirar. Desde segunda-feira o cartão foi bloqueado e estou tentando resolver. É ruim porque as contas vêm e fico em dívida porque não consigo sacar nada”, reclamou.
Reivindicações
De acordo com o Seeb-MA, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) – foi rebaixada para 6,5%, o que é considerado abaixo do índice de inflação do período estipulada em 9,31% pela categoria. Além do Seeb-MA, sindicatos do Rio Grande do Norte e de Bauru reivindicam juntos reajuste de 28,33%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 25% do lucro líquido linear, isonomia e a reposição das perdas salariais acumuladas.
Segundo o Seeb-MA, em rodada de negociação realizada no dia 29 de agosto, em São Paulo, a Fenaban apresentou a proposta rebaixada, com o reajuste, o salário de ingresso de caixa e tesoureiro passaria de R$ 1.802,48 para R$ 1.919,6