Mesmo bombardeado internamente pelas lideranças do próprio partido, vereador mantém-se na disputa pela Prefeitura de São Luís com a cara e a coragem que marcaram sua trajetória política

 

Em sua batalha solitária para ser candidato, Câmara tem sido bem maior que o PMDB

BLOG DO MARCO D’EÇA – O vereador Fábio Câmara (PMDB) é um vencedor.

Em um partido dominado por lideranças quatrocentonas, “de berço”, típicos membros da elite política e econômica maranhenses, ele conseguiu se impor como presidente municipal e mantém uma candidatura a prefeito contra tudo e contra todos.

E Fábio Câmara é um vencedor também por isso.

É evidente que nenhuma das lideranças do PMDB – nem mesmo aquelas que já declararam apoio a  ele – quer a candidatura de Fábio; pelo contrário, trabalham dia e noite para que ele desista de lançar seu nome.

Mas o vereador resiste às investidas preconceituosas das lideranças do seu próprio grupo.

Como este blog costuma dizer, Fábio é preto, Fábio é pobre, Fábio não tem sobrenome poderoso na política do Maranhão. E para os quatrocentões do PMDB, é um crime ele ousar querer representar o partido.

Nenhum outro candidato a prefeito de São Luís tem sido mais bombardeado pelo próprio partido que o vereador Fábio Câmara.

Por isso é que, manter-se com cerca de 3,5% ou 4% nas pesquisas de intenção de votos é uma façanha que poucos – talvez nenhum – membro do PMDB ou do grupo Sarney conseguiria alcançar nas atuais circunstâncias políticas do Maranhão.

Também por ser bombardeado pelo seu próprio grupo é que Fábio Câmara mostra-se como o único candidato independente nesta disputa em São Luís.

Seu vínculo com o sarneysismo é forçação de barra.

E seu vínculo com o dinismo simplesmente nunca existiu.

Ao contrário de Rose Sales (PMB), que veio de lá; ao contrário de Eliziane Gama (PPS), que sempre foi aliada do governador, ao contrário de Eduardo Braide (PMN), que até “ontem” era líder do governo na Assembleia; e até como Wellington do Curso (PP), que faz questão de se declarar “membro da base do governo Flávio Dino”.

Fábio Câmara, em sua independência, pode até não ter as lideranças dos eu grupo político em sua campanha; mas terá o PMDB, maior partido do Brasil, como legenda para a disputa.

A menos que essas lideranças lhe tomem o comando do partido.

Mas aí já seria covardia de mais…