A advogada Nathaly Silva, representante das comunidades vizinhas do Consórcio de Alumínio do Maranhão – Alumar afirmou, nesta quarta-feira (30), que existe um medo real dos moradores com a falta de informações sobre a segurança nas barragens de resíduos de bauxita da empresa.

Em busca de uma solução, a causídica procurou o vereador Umbelino Júnior (PL), visando tratar o assunto na Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMA) da Câmara de São Luís.

Por solicitação da jurista, então, o parlamentar resolveu requerer a reunião, realizada na tarde de hoje, no plenário do Legislativo ludovicense com presença de autoridades, executivos da companhia e representantes do Governo do Estado e Prefeitura.

O promotor de Justiça Luís Fernando Barreto Júnior, que atua na Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural, foi convidado, mas justificou sua ausência.

“Fomos acionados pelos moradores destas comunidades e a partir deste momento resolvemos fazer o procedimento correto que é comunicar às autoridades competentes que é a Defesa Civil, as Secretarias de Meio Ambiente Municipal e Estadual, além dos representantes do Legislativo. Fizemos isso porque existe um medo real da comunidade. Qual é o medo? Existe possibilidade dessa barragem se romper? Se ela se romper o que vai acontecer com essas comunidades? Qual a grandeza de um possível rompimento? Seria como em Brumadinho (MG) ou não?”, questionou Nathaly Silva em entrevista ao programa Tá Na Pauta, da Rádio Nova FM (93.1 MHz).

Motivo do pânico

Durante a reunião na Câmara, os representantes da Alumar explicaram aos participantes que as placas instaladas pela empresa são um cumprimento de adaptação à nova Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Segundo eles, a Alumar instalou sinalização de emergência em cinco comunidades próximas à sua fábrica de alumínio e alumina, no Distrito Industrial da capital maranhense: Pedrinhas, Mangue Seco, Maruaí, Portinho e Coqueiro.

Durante a exposição, também foi explicado aos presentes, que além das placas, houve ainda treinamentos regulares com funcionários e as comunidades vizinhas. Além disso, também foi realizado um simulado de emergência com os moradores dos bairros vizinhos. A empresa informou que todas as suas estruturas continuam estáveis e em condições de segurança, sem nenhuma intercorrência. Apenas está se adaptando às novas regras.

Apesar das explicações, a representante jurídica das comunidades vizinhas à empresa não se convenceu e fez uma série de questionamentos. Em sua exposição, ela também cobrou um diálogo mais transparente da Alumar com os moradores destas áreas de riscos.

“Por que que nós estamos aqui? Por que procuramos as autoridades para nos auxiliar? Enquanto representante da comunidade, a comunicação foi ruidosa e por isso estamos aqui. Nosso foco aqui é falar dos lagos de resíduos. Existem riscos? Qual o plano de ação em caso de emergência? As placas instaladas foram motivadas por eventuais riscos?”, voltou a questionar a jurista, informando ainda que a instalação das placas fez diminuir o valor dos imóveis da região devido à localização passar a ser identificada como área de risco.

Jogo rápido

As adaptações da Alumar às novas normas da legislação assustaram as famílias destas comunidades vizinhas à empresa. O que a senhora fez a partir do momento em que foi procurada pelos moradores?

 

Quais serão os encaminhamentos a partir desta reunião realizada na Câmara Municipal?

 

No seu ponto de vista, como seria possível a Alumar atuar para separar o que é fato ou fake news?

 

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