DA REDAÇÃO / O 4º PODER

ROSÁRIO – A Polícia Civil de Rosário deve investigar o descarte irregular de lixo hospitalar em um terreno baldio no povoado São Simão, zona rural do município. Na segunda-feira, o s vereadores Magno Nazar (PRP) e Nazareno Barros (PTdoB), receberam uma denúncia e foram ao local para constatar o crime. Os parlamentares rosarienses tomaram um susto quando encontraram o lixo descartado de forma irregular, numa área de preservação ambiental que detém dezenas de plantações de uma fruta nativa conhecida como Muricy.

Segundo os vereadores, várias seringas, agulhas, luvas, escalpes e outros materiais de uso hospitalar estavam expostos ao solo, de forma inadequada. Os parlamentares se mostraram preocupados com relação aos materiais perfuro-cortantes que supostamente estariam contaminados, mas ficaram à vista e ao alcance das pessoas, ameaçando qualquer cidadão que trafegasse próximo ao local.

Após constatar a irregularidade, os vereadores Luís Carlos, o Kiko (PP); Carlos do Remédio (SD) e o presidente da Câmara, vereador Agenor Brandão (PV), se juntaram aos vereadores Magno Nazar (PRP) e Nazareno Barros (PTdoB) e na tarde desta terça-feira (3), resolveram denunciar o caso à policia. Um boletim de ocorrência foi registrado e amostras do material chegaram a ser recolhidas para análise.

Na Delegacia, os parlamentares solicitaram ao delegado Marconi Caldas a abertura de um inquérito policial para investigar o crime ambiental e, consequentemente, punir o autor desse ato irresponsável.

ASSUSTADOS

Procurados pela reportagem, moradores da comunidade onde o material foi descartado de forma inadequada se mostraram assustados com o fato. Segundo o lavrador José de Ribamar Barros, de 65 anos, o descarte irregular desse tipo de material pode trazer riscos à saúde. “O caso é grave e precisa ser investigado para que os responsáveis sejam punidos”, declarou.

 CULPADOS

Além do descarte ilegal, outro ponto abordado pelos vereadores é com relação à possibilidade da existência de restos cirúrgicos enterrado no local. Segundo eles, um forte odor e a presença de moscas foram à causa da suspeita.

Como o SESP [Unidade Mista de Rosário] não vem realizando cirurgias, o caso levantou uma dúvida: quem descartou o material de forma inadequada? A resposta pode está na Clinica Nossa Senhora do Rosário, de propriedade de Irlahi Linhares, uma das unidades de saúde do município que produz esse tipo de lixo na cidade. Se por ficar provado que o lixo partiu da clinica particular, é a prefeita quem deverá ser responsabilizada.

PROVIDÊNCIAS

O presidente da Câmara de Rosário, vereador Agenor Brandão (PV), disse que dará todo apoio necessário para ajudar a encontrar o autor do crime. Os presidentes das comissões permanentes da Casa também deverão encabeçar a linha de frente no parlamento.

O vereador Luís Carlos, presidente da Comissão de Meio Ambiente e o vereador Carlos do Remédio, presidente da Comissão de Saúde, devem produzir relatórios sobre o fato e entregar à Mesa Diretora da Câmara para que tome medidas necessárias.