O vereador Professor Carlinhos (PDT) subiu à tribuna da Câmara Municipal de São Luís para denunciar o estado de abandono de unidades escolares da rede municipal de ensino. “Recebi a denúncia de uma mãe atípica, de uma criança autista do bairro do Anjo da Guarda, cuja creche na qual seu filho estuda está sem aulas há mais de dois meses”, falou o parlamentar na sessão ordinária desta quarta-feira (15).
De acordo com a denúncia feita ao vereador, a U.E.B Ministro Carlos Madeira, de responsabilidade da Prefeitura de São Luís, atende mais de 100 estudantes e funciona em uma casa alugada, que apresenta inúmeros problemas, necessitando de reforma urgente. A denunciante, segundo o Professor Carlinhos, ainda relatou que nenhuma medida é tomada, porque os responsáveis pela unidade educacional nunca se pronunciaram sobre o assunto.
Como integrante da Comissão de Educação da Casa, o vereador confirmou sua presença na reunião prevista para acontecer nesta mesma quarta-feira. “Quero sugerir que a Comissão faça vistorias em algumas escolas da área da Cidade Operária, particularmente as que atendem estudantes do 6º ao 9º ano, para que possa acompanhar de perto as várias denúncias que tenho recebido”, pontuou.
Citando os casos das escolas Nascimento de Moraes e Mata Roma, o pedetista ainda disse que todos os dias, após às 16h, que é o horário de intervalo, é possível ver aproximadamente 100 alunos sendo liberados por falta de professores. “É uma realidade ali todos os dias, de segunda a sexta-feira. Quando a gente vai fazer a fiscalização vê que falta professor de português, de matemática, de história, de ciências. São vários professores que estão em falta nas escolas da região”, observou.
O vereador Ribeiro Neto (PSB) pediu um aparte para citar a escola Tancredo Neves, também na Cidade Operária, onde recentemente se reuniu com a comunidade. “Segundo a direção da escola, os alunos não estão podendo comparecer às aulas por causa da falta de instalação de aparelhos de ar-condicionado, que já estão lá, sendo que me propus a pagar um técnico para essas instalações”, disse Ribeiro, acrescentando que é um prejuízo gigantesco para as crianças e adolescentes que ficam sem acesso à educação.
Corroborando com a fala de Ribeiro Neto, Carlinhos lembrou que foi gestor do anexo da Escola Tancredo Neves e disse que há também naquela unidade um grave problema na instalação elétrica. “O Tancredo Neves tem 18 salas, das quais 14 são salas de aula e com essa quantidade a rede elétrica não suporta. É necessário a instalação de uma subestação, uma luta de anos com a Semed, que precisa fazer a solicitação para e Equatorial e não o faz”, complementou.
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