SÃO LUÍS, 27 de janeiro de 2024 – No Nordeste, 7 das 9 capitais da região contam com sistema de metrô. Apenas São Luís (MA) e Aracaju (SE) não contam com o modal. No Brasil, apenas 12 das 27 capitais contam com transporte de passageiros por trilhos.
Sonho antigo dos ludovicenses, o VLT (veículo leve sobre trilhos) comprado por R$ 7 milhões em setembro de 2012 pela Prefeitura de São Luís continua sem utilização em um galpão da cidade, impedindo a capital maranhense de avançar na mobilidade. Em dezembro, o vereador Astro de Ogum (PCdoB) protocolou pedido na Câmara de São Luís, solicitando informações da prefeitura sobre custos com o equipamento parado há 11 anos na cidade.
O transporte sobre trilhos é evidentemente uma das melhores opções de deslocamento nas grandes cidades brasileiras. Apesar do impacto econômico e social da pandemia, o setor conseguiu se revigorar e apresentou crescimento nos últimos anos.
De acordo com um estudo da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), o Brasil deveria fechar 2023 com 1.145 quilômetros de trilhos de transporte urbano de passageiros, considerando inaugurações previstas até dezembro daquele ano. Na última década, a malha metroferroviária nacional cresceu 17% em extensão, com uma média de construção de 17,3 km por ano. Clique aqui e leia a íntegra do relatório (PDF – 14 MB).
A abrangência do estudo considera como modos metroferroviários o metrô, trem urbano, VLT, monotrilho e aeromóvel. Atualmente o país conta com 21 sistemas de transporte sobre trilhos operados por 16 empresas, metade delas de cunho privado.
O transporte de passageiros por dia útil passou de 6,1 milhões em 2021 para 7,8 milhões em 2022, um aumento de 28%. Atualmente o sistema sobre trilhos transporta 2,3 bilhões de passageiros. O patamar pré-pandemia era de 3,3 bilhões.
Benefícios em números
Desde 2022, os benefícios sociais do sistema metroferroviário contemplam uma economia de R$ 30 bilhões. A retirada de veículos das ruas, redução do consumo de combustíveis e redução de horas são os fatores que mais pesam na produtividade do sistema.
A maioria dos sistemas ainda é operada por estatais, sejam estaduais (caso de São Paulo, por exemplo) ou federais, como a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), que atua na maioria das capitais do Nordeste – com exceção de São Luís e Aracaju, as únicas da região sem o modal.
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