SÃO LUÍS: Uma parte significativa dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalham nos hospitais da rede estadual de saúde não receberem o piso nacional da categoria, previsto para ser pago na última quinta-feira, dia 21 de setembro.
A informação, denunciada ao blog do Isaías Rocha por alguns profissionais e confirmada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Maranhão – SEEMA, indignou os trabalhadores, justamente um dia antes o governador Carlos Brandão (PSB), garantir o pagamento e parabenizar a todos que atuavam neste setor.
As reclamações dos trabalhadores que ainda não receberam o novo piso salarial, surgiram um dia depois do blog revelar que a lei estadual criando o ‘piso da enfermagem’ no estado apenas regulamentava o ‘abono’ para complementar salário da categoria. O problema, entretanto, é que nem mesmo essa “assistência financeira” alcançou a todos os empregados.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Nonato Cadilhe, presidente do SEEMA, diz ter notificado a Secretaria de Estado da Saúde a dar explicações, após o sindicato da categoria registrar reclamações dos trabalhadores.
“Alô Enfermagem maranhense! Hoje, dia 22 de setembro de 2023, estamos aqui na SES – Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, onde acabamos de protocolar uma notificação para o doutor Tiago José Mendes Fernandes, que é o secretário de saúde do Maranhão, para ele dar explicações sobre o pagamento do piso da enfermagem que está sendo feito incompleto”, diz Cadilhe.
Com poucos quadros concursados na administração pública, o governo maranhense optou em adotar o modelo de “precarização” da categoria, com uma maioria de profissionais contratados ou cooperados, que estão prestando serviços nas unidades de saúde do estado, por meio das empresas EMSERH, IADVH, Instituto Acqua, INVISA e ABEAS, que são responsáveis pelo gerenciamento dos hospitais públicos estaduais.
Na gravação, o sindicalista citou ainda nominalmente as empresas que realizaram o pagamento incompleto do piso e as que deram calote nos trabalhadores que prestam serviços a elas. De acordo com a denúncia, o Instituto Acqua, que gerencia o Hospital Dr. Carlos Macieira, não pagou os trabalhadores que prestam serviços na unidade. Ao todo, são 587 profissionais, sendo 131 enfermeiros e 456 técnicos de enfermagem. Além do Macieira, o Acqua administra 33 unidades de saúde no estado.
SES convoca reunião
Após a denúncia, o secretário Tiago Fernandes resolveu convidar os sindicatos que atuam na área da enfermagem, para uma reunião na próxima quarta-feira (27), com o objetivo de tratar do piso salarial dos enfermeiros, técnicos e auxiliares.
Entre os sindicatos que devem participar do encontro estão o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Maranhão – SEEMA; o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Estado do Maranhão – SINTAEMA e o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Maranhão – SINDSAÚDE/MA.
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