O blog do Isaías Rocha teve acesso ao relatório que a Polícia Federal enviou ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) sobre as investigações da operação “Prato Feito” contra desvio de verbas da merenda em prefeituras do interior de São Paulo, que foi deflagrada em maio de 2018. Para acessar na integra clique aqui.
No documento, o nome da empresa RC Nutry Alimentação Ltda, contratada sem licitação, por R$ 51 milhões, pela gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) em São Luís, é citado duas vezes em relatório da operação realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU).
“Da mesma forma que das licitações anteriores, os orçamentos prévios foram encaminhados por empresas com vínculos com o grupo COAN. Foram realizadas quatro cotações: COELFER, RC NUTRY ALIMENTAÇÃO LTDA. EPP, NUTRIVIDA ALIMENTAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. ME. e DFA DELLA FATORIA ALIMENTARE REFEIÇÕES LTDA. A CGU identificou vínculos entre a empresa ANGA ALIMENTAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. (também do Grupo COAN) com a RC NUTRY e NUTRIVIDA, tornando, assim, pela terceira vez consecutiva, o valor do contrato já superfaturado na sua origem”, diz o texto do relatório.
A ação aponta a existência de cinco núcleos de empresários que, de maneira interligada, burlavam licitações, pagavam propina a políticos e até influenciavam eleições. De acordo com as investigações, os homens apontados como os líderes do esquema são Valdomiro Coan, Carlos Zeli Carvalho, Fábio Favaretto, Simon Bolivar Bueno e Wilson da Silva Filho.
Segundo o relatório, para cometer irregularidades eles usavam um grande número de empresas. Eles são sócios de algumas delas; outras estão em nome de parentes. A operação Prato Feito investigou 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bilhão e, chegou ao final com indiciamento de 154 pessoas suspeitas de participar do esquema.
“Teia de corrupção”
O relatório que mostra a “teia da corrupção” tem 354 páginas e foi obtido um dia após o blog revelar que o empresário José Carlos Geraldo, sócio da RC Nutry, chegou a figurar na lista das pessoas físicas investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF) junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel em licitações públicas feitas por municípios do estado paulista para contratação de serviços terceirizados de fornecimento de merenda escolar.
Conforme as investigações, Geraldo aparece como gerente comercial da SP Alimentação, empresa da ‘máfia da merenda’. Documentos anexados ao Processo Administrativo nº 08012.010022/2008-16 também apontam o executivo como acionista do grupo empresarial, que é pivô do suposto esquema.
Prefeito silencia
Desde a revelação da contratação da RC Nutry, sem licitação, por R$ 51 milhões, o prefeito Eduardo Braide segue em silêncio. A reportagem enviou questionamentos para prefeitura pedindo um posicionamento sobre as denúncias, mas até o momento nenhum comunicado com os esclarecimentos foi enviado.
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O grupo paulista já domina o contrato da Semed há mais de 20 anos, entrou com a empresa
SP Alimentação. na gestão de Tadeu Palácio, na época sem licitação. Em 2016 após um blogueiro criticar o fato de a empresa está há bastante tempo com o contrato da Semed em São Luis, o prefeito Edivaldo determinou uma licitação fake haja vista que a vencedora foi a RC Nutry empresa do mesmo esquema e grupo, as merendeiras ficaram sem entender qd foram se apresentar a “nova” empresa e o escritório era o mesmo da SP Alimentação, eu disse a elas que só havia mudado o cnpj porque o grupo era o mesmo, e a licitação só ocorreu para enganar trouxas. No diário oficial consta que o contrato emergencial será por até 180 dias, com cláusula resolutiva para quebrar a qualquer momento qd a suposta nova licitação, que a Semed fará, ficar pronta. Chama atenção o valor de mais 50 milhões para 6 meses de contrato. Uma vez eu li na Veja, que o ex-sócio comentou que nenhum político resiste ao grupi SP porque ele paga muito bem aos políticos. Talvez a Semed faça mesmo uma licitação, mas dificilmente será confiável quem deve ganhar é outra empresa deve esquema.