O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado na criação de um novo Ministério da Micro e Pequena Empresa, com o objetivo de abrir espaço na Esplanada dos Ministérios para o bloco político do Centrão. A estratégia seria introduzir essa nova pasta nas discussões e negociações políticas. O novo ministério englobaria o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vinculado à pasta, visando aumentar seu apelo. A colunista do G1, Daniela Lima, trouxe à tona a informação sobre a intenção de criar essa nova pasta.
Diante da hesitação dos Republicanos em aceitar o novo ministério, Lula considera oferecê-lo ao Progressistas. O que pode acabar tornando o deputado fderal maranhense André Fufuca, ministro da pasta. Alternativamente, ele poderia realocar um ministro existente para essa nova pasta, como Márcio França, responsável pelos Portos e Aeroportos, para abrir espaço para o Centrão.
Além de Fufuca, o outro nome que pode compor o governo de Lula já foi definido: Silvio Costa Filho (Rep-PE). A determinação dos ministérios a serem ocupados por eles ainda está em aberto. Ambas as legendas prefeririam manter o plano original apresentado ao governo, ou seja, os ministérios do Desenvolvimento Social e do Esporte. No entanto, Lula resiste em entregar a pasta do Bolsa Família e também deseja evitar a demissão de Ana Moser.
Após retornar do Paraguai, o presidente planeja se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (15). Em seguida, na quarta-feira (16), tem um encontro agendado com o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira. A intenção é finalizar as negociações nesta semana para que o Congresso possa votar as principais medidas da agenda econômica do governo.
Em meio a essas movimentações políticas, Lula também enfrenta o desafio de acalmar o clima dentro da Câmara dos Deputados, devido às declarações controversas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Suas palavras geraram desconforto entre os deputados ao enfatizar o poder da Câmara em detrimento do Senado e do Executivo. Após a repercussão negativa, Haddad entrou em contato com Lira para esclarecer a situação e, a pedido do presidente da Câmara, concedeu uma entrevista recuando em suas declarações.
A análise interna do governo sugere que esse episódio pode fortalecer a posição do PP e do Republicanos nas negociações, possibilitando o reforço da base aliada do governo Lula no Congresso.
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