A prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, foi afastada do cargo, nesta sexta-feira, 18. A decisão judicial proferida pelo juiz Marcelo Santana Farias surge como parte de uma investigação em andamento sobre contratos de fornecimento de combustível e possível má gestão dos recursos públicos.
Os documentos revelam que Maura Jorge e outras autoridades municipais foram afastadas das respectivas funções por um período de 90 dias, em decorrência de preocupações em relação à transparência dos processos de compra realizados pela administração pública. Essa medida visa garantir uma investigação justa e completa, além de prevenir qualquer interferência nas apurações.
As suspeitas recaem sobre a celebração de contratos de fornecimento de combustível sem a realização adequada de licitações.
Também foram afastados do cargo Almiralice Mendes, Secretária Municipal de Saúde; Maria Raimunda Lopes Mota, Secretária Municipal de Administração; e Leonardo Prado Carvalho, Chefe do Departamento de compras do Município de Lago da Pedra.
Esse cenário levanta questionamentos sobre a integridade dos processos de aquisição realizados pelo município.
Além disso, há indícios de que um dos proprietários de postos de combustível tenha parentesco com a prefeita, levantando suspeitas sobre possíveis conflitos de interesses.
O montante financeiro em questão é considerável, ultrapassando a marca de R$ 11 milhões, entre os anos de 2021 e 2023. Parte desse valor teria sido destinada diretamente pela Secretaria da Saúde, o que suscita dúvidas sobre a gestão apropriada dos recursos destinados à saúde da população.
Uma das preocupações centrais é a possibilidade de que a secretária de saúde, apontada como parente do proprietário dos postos possa estar envolvida em atividades suspeitas. Evidências sugerem que ela possa ser a verdadeira proprietária dos estabelecimentos, aumentando as dúvidas sobre a legalidade das transações.
O afastamento cautelar tem o intuito de assegurar que a investigação ocorra de maneira imparcial e completa, além de prevenir novas irregularidades. Além disso, a prefeita teve seus bens indisponibilizados e está proibida de firmar contratos com o poder público durante o período de afastamento. (Com informações de O Informante)
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