“Acender uma vela a Deus e outra ao diabo” é um antigo Provérbio Português, usado para classificar alguém que tenta agradar ao mesmo tempo duas partes contrárias.
A Bíblia, por exemplo, diz que isso é impossível. Assim falava Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro, ou vai dedicar-se a um e desprezar o outro… Não podeis servir a Deus e a Mamon!” (Mateus, 6:24).
Ao contrário do veículo bíblico, o governador Flávio Dino (PSB), tem dito a aliados que mesmo escolhendo o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) como seu sucessor na disputa na disputa majoritária, não pedirá demissão dos aliados do senador Weverton Rocha (PDT) do governo.
A decisão, segundo auxiliares do socialista ouvidos pelo blog, tem aspecto político. É que o pedetista tem dito, por onde peregrina, que Flávio Dino será seu candidato a senador em 2022.
Por isso, para não criar ‘atrito’ que venha fechar a ‘ponte’ do ‘apoio gratuito’ da disputa senatorial, o governador prefere não tomar uma posição mais radical em relação aos espaços do senador em sua administração.
Como Flávio Dino teme em demitir os aliados do pedetista da gestão, a avaliação é a de que caberia ao próprio Carlos Brandão se contrapor à decisão, logo após assumir o comando do Palácio dos Leões, em abril.
Sabendo da posição do chefe do executivo, Weverton tem dito aos aliados que vai manter sua pré-candidatura, mesmo após a reunião do dia 30 de janeiro, mas não vai pedir para ninguém se demitir.
Sendo assim, a permanência de Flávio Dino no cargo até dia 31 de março, pode ajudar o pedetista a ganhar mais três meses de estrutura governamental.
Em tese, a postura do governador é um exemplo claro de quem tenta servir a dois aliados: escolhe um, mas fortalece outro. Resta saber quem será o “anjo” desta história.
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