Em palestra, Fachin pede empenho no combate à fake news e diz que eclosão da internet promoveu impactos colossais na seara da comunicação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, afirmou nesta segunda-feira, 25, em São Luís, que o país vive um “déficit no aprofundamento das informações” naquilo que a “leitura, o estudo e a dedicação” exigem como “selo e esforço cotidiano”.

A declaração foi dada em palestra no Auditório Expedito Bacelar, da Universidade Ceuma, Campus Renascença. Segundo o ministro, a eclosão da internet promoveu impactos colossais na seara da comunicação que trouxeram alguns sérios prejuízos para a consciência coletiva.

“A eclosão da internet promoveu impactos colossais na seara da comunicação, com abundantes fontes de informações rápidas e a custos praticamente zero, pelo menos, aparentemente. Paralelamente, a necessidade de adaptação às tendências vem alimentando um déficit no aprofundamento das informações. Um déficit naquilo que a leitura, o estudo e a dedicação exigem como selo e esforço cotidiano porque tem traduzido alguns sérios prejuízos para a consciência coletiva”, disse Fachin.

Para o magistrado, os avanços tecnológicos contribuíram para a liberdade de pensamento e expressão. Ele destacou, entretanto, que isso não impede de problematizar algumas questões. O ministro falou ainda que a abertura de canais, quase que ilimitados para manifestação do pensamento deve ser enaltecida e saudável, pois é dessa forma que vamos aprender a viver.

“De um lado esses avanços servem, sim, para a liberdade de pensamento e expressão, mas isso não nos impede, aliás, não deve nos impedir de problematizar algumas questões. A abertura de canais, quase que ilimitados para manifestação do pensamento deve ser enaltecida, deve ser saudável, porque é dessa forma que vamos aprender a viver. É no respeito ao outro que de mim é adverso que eu tenho, ao lado do dever de respeitar, o direito de ser como sou, sem que ele seja a mim qualificado e nem eu qualificado a ele”, completou o ministro do STF.

Na capital maranhense, o magistrado que representa a cúpula do Poder Judiciário brasileiro, também defendeu uma justiça climática e propôs uma série de reflexões em defesa da agenda do meio ambiente em meio ao debate crescente no Brasil de oposição entre conservação da natureza e produção rural

Parafraseando o biólogo espanhol Ignácio Jiménez, Fachin afirmou que ‘é mais fácil distribuir ignorância que conhecimento’. A declaração é um esforço de buscar a conscientização de ambientalistas, empresários, gente do agronegócio e governantes em torno de um novo conceito, mesmo em meio às fake news.

 

 

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