Aos olhos de algumas pessoas que militam na politica maranhense, a próxima sucessão estadual tende a ser polarizada entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB). Sustentam isso, por exemplo, com base em diferentes institutos que mostram os dois em vantagem sobre os adversários nas pesquisas estimuladas — aquelas em que os entrevistados são apresentados a uma lista de possíveis candidatos e instados a escolher um deles.
No entanto, levantamento do Instituto Escutec, que foi divulgado essa semana, trouxe um dado importante que passou despercebido no cenário espontâneo, quando não são apresentados nomes dos candidatos e o entrevistado fala o que lhe vem à cabeça quando é questionado em quem pretende votar.
Nesse ponto, a amostragem revelou que mais de 60% dos eleitores ainda mostraram-se indecisos em relação ao nome do próximo gestor do Estado. Ou seja, faltando menos de oito meses para o pleito, os indecisos estão em nível muito alto.
Isso quer dizer que a grande maioria dos eleitores maranhenses ainda não tomou uma decisão firme de escolha do candidato. Pode haver grandes mudanças no quadro majoritário a depender da articulação e dos resultados econômicos.
Diferente do que acredita o secretário de Estado da Comunicação, Ricardo Cappelli, sobre tese de polarização entre um ou outro candidato, até aqui a única polarização ocorre mesmo entre “ninguém” e “nenhum”.
O cenário é mais vexatório e vergonhoso, principalmente, para quem deverá representar o governo na disputa. Se “ninguém” deseja votar na preferência do governador é provável que “nenhum” legado importante ele está deixando para o povo.
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