Brandão é top 10 em recebimentos do fundo eleitoral no país (Foto: Reprodução)

O governador Carlos Brandão (PSB) que concorre à reeleição pelo Governo do Maranhão figura no ranking dos dez postulantes no Brasil que mais recebeu dinheiro do fundo eleitoral para o pleito de 2022.

De acordo com levantamento realizado pelo blog do Isaías Rocha com base em informações disponíveis no DivulgaCandContas – Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais, o socialista maranhense figura na oitava colocação.

Desde que o recurso começou a ser repassado aos partidos, neste mês, o PSB já repassou R$ 5 milhões desse recurso para a campanha do atual mandatário do Palácio dos Leões – sede administrativa do governo do Estado.

Entre os postulantes a cargos majoritários (presidente, governador e senador), o primeiro colocado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que já recebeu R$ 66,7 milhões. O segundo colocado é Alexandre Kalil (PSD), candidato ao governo de Minas Gerais, que conta até o momento com R$ 16 milhões.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), maior concorrente do petista nas intenções de voto, arrecadou até agora R$ 5 milhões. Bolsonaro, inclusive, se iguala a Brandão em recebimentos do fundo eleitoral no país. Além disso, a quantia que já foi disponibilizada ao governador do Maranhão também é mesma de outras duas presidenciáveis: Simone Tebet (MDB) e Soraya Thornicke (UB).

Campanha de Brandão empata com três presidenciáveis na arrecadação em dinheiro de Fundo Eleitoral

Quem mais recebeu até o momento? O levantamento é parcial porque os partidos receberam, até o momento, apenas 15% dos quase R$ 5 bilhões do fundo eleitoral que vão irrigar as candidaturas até o final do segundo turno.

Somando as arrecadações com fundo eleitoral e partidário, as 10 candidaturas majoritárias que mais receberam recursos até o momento foram as seguintes.

Qual o valor total do fundo eleitoral? Após um aumento votado pelo Congresso no ano passado, o FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) terá o valor inédito de R$ 4,97 bilhões. A verba é dividida entre os 32 partidos em atividade no país.

A repartição é feita conforme o tamanho da bancada de cada sigla no Congresso e o desempenho delas nas últimas eleições presidenciais.

Quais partidos receberão mais recursos? O União Brasil, resultante da fusão dos antigos DEM e PSL, receberá o maior montante, com mais de R$ 782 milhões.

Em seguida, aparecem:

PT (R$ 503 milhões)

MDB (R$ 363 milhões)

PSD (R$ 349 milhões)

PP (R$ 344 milhões)

PSDB (R$ 320 milhões)

Na outra ponta do levantamento, seis partidos receberão R$ 3,1 milhão cada um:

PCB

PCO

PMB

PRTB

PSTU

UP.

Sem representantes na Câmara e no Senado, estas legendas terão direito apenas à cota mínima distribuída a todas as agremiações registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Sistema permite realizar consulta das candidaturas e de prestação de contas eleitorais

O Fundo Eleitoral é o único recurso disponível aos candidatos? Não. Nestas eleições, as candidaturas também contam com doações de pessoas físicas, podem injetar recursos próprios nas campanhas e também têm acesso ao fundo partidário. A doação de empresas, por sua vez, foi proibida em 2016.

Este fundo, que não se confunde com o eleitoral, é pago aos partidos todos os anos, em parcelas mensais, para manutenção de despesas correntes, mas também é usado nas campanhas.

A presidenciável Simone Tebet (MDB), por exemplo, ainda não teve arrecadação do fundo eleitoral, mas já recebeu R$ 5 milhões do fundo partidário.

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