A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras cinco entidades divulgaram, em agosto deste ano, uma carta em defesa do voto eletrônico e em apoio ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Na época, a manifestação ocorreu após suspeitas, levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a lisura das urnas eletrônicas.
Ocorre, entretanto, que o presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, que costumava criticar Bolsonaro por questionar a segurança das urnas eletrônicas, também demonstra que não confia no voto eletrônico.
No momento em que o dirigente da entidade máxima de representação dos advogados tem a oportunidade de comprovar a segurança, transparência e agilidade das urnas no processo de apuração dos votos, a instituição que ele comanda resolveu realizar o pleito em cinco das 27 seccionais sem uso dos equipamentos.
A postura de Felipe Santa Cruz lembra muito o ditado popular que diz: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, expressão regularmente usada para definir alguém que demonstra maus exemplos em suas atitudes.
O mais grave de tudo é que além de descartar as urnas eletrônicas no processo de escolha dos novos dirigentes das seccionais da OAB, o comando nacional da entidade ainda resolveu contratar uma empresa para implantação do sistema de votação online sem expertise e, ainda por cima, usa cases de uma firma acusada de fraude eleitoral.
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