Na semana passada, durante uma entrevista ao programa Expediente Final, da Rádio Difusora News (93.1 MHz), o ex-deputado federal e ex-candidato a governador Simplício Araújo (sem partido), trouxe à tona um debate sobre o papel da oposição ao criticar a falta dela na Assembleia Legislativa, neste início do segundo governo de Carlos Brandão (PSB).

Após a entrevista, houve uma confusão proposital, com alguns críticos do entrevistado alegando que não se pode colocar a antecipação do debate eleitoral no mesmo balaio de fazer oposição política. Tudo bem que muitas vezes elas se confundem. Mas não são, necessariamente, a “mesma coisa” e não podem ser colocadas na vala comum.

A mais de um ano da disputa municipal não há nenhum problema um deputado estadual ou vereador subir na tribuna para criticar gestões municipais. Faz parte do caminho antes da eleição. Faz parte do debate político necessário.

A eleição é de quatro em quatro anos, mas os benefícios e os malefícios da política chegam à vida do cidadão diariamente.

Aliás, se forem inteligentes, os auxiliares e os próprios prefeitos vão usar as críticas para resolver os problemas, antes de chegar à eleição propriamente dita. A não ser que estejam vivendo em uma bolha, achando que está tudo perfeito.

Na realidade, o debate político-eleitoral é antecipado muito mais pela imprensa, quando tenta descobrir no “especulômetro” quem será o candidato, quais as alianças, como será o cenário eleitoral. E não há demérito.

A população gosta desse ‘fuxico eleitoral’ e dá, sim, audiência e cliques. Mas, no fundo, quem dita o ritmo do debate nessa linha é a classe política. Quando quer, coloca fogo, quando não quer, evita. Mas, na maioria das vezes, usa os microfones para lançar balões de ensaio, testar os nervos da opinião pública a seu favor.

Mas é dever do parlamentar estadual ou municipal apontar problemas, fazer questionamentos, fiscalizar ações e programas do prefeito da capital, de Imperatriz, de São José de Ribamar, Timon, Caxias, Paço do Lumiar… de qualquer cidade ou da região que representa. Claro que por trás, quase sempre, tem o interesse eleitoral.

Por outro lado, é bom lembrar, que todas as ações, programas e projetos dos governos têm o mesmo objetivo: eleitoral – mesmo com todos os benefícios sociais e econômicos que, eventualmente, essas ações tragam.

Então, não venham com essa de relativizar o debate dos problemas de um estado, ou de uma cidade, principalmente da capital e dos grandes centros do Maranhão, alegando que é eleição antecipada.

Silenciar é omissão antecipada. Quem tiver no governo que aprenda a transformar “as pedras da oposição” em solução para os problemas da população.

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