Ministros na posse de André Fufuca no Esporte (Fotos: Igo Estrela/Metrópoles)

O novo ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), tomou posse, nesta quarta-feira (13/9), em cerimônia na sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios. Durante o discurso, Fufuca fez agradecimentos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). As informações são do Metrópoles.

O agora titular da pasta assume a vaga da ex-jogadora de vôlei Ana Moser, após remodelação da estrutura ministerial para acomodar o Centrão no primeiro escalão do governo. Lula e Lira, no entanto, não compareceram ao evento, que encheu o auditório do ministério.

“Um cumprimento especial ao meu grande amigo, mestre no Parlamento, presidente Arthur Lira. É uma honra especial que o presidente Lula me concedeu a integrar seu governo no cargo de ministro do Esporte. Guiados pelas orientações recebidas pelo presidente, iremos avançar e impulsionar o esporte olímpico, o paradesporto, o esporte amador, o esporte como atividade social e, acima de tudo, o esporte como atividade educativa”, discursou o ministro.

Sem a presença de Moser na solenidade, coube a Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública eleito senador pelo Maranhão, fazer o discurso de abertura.

“Eu tenho muita gratidão ao deputado e hoje ministro André Fufuca, e ele mostrou, na política maranhense, apesar de ser muito jovem, ter algumas características fundamentais para ser um líder, entre as quais, o cumprimento da palavra, a firmeza no olhar, e saber que, com ele, você terá clareza em relação ao rumo que será trilhado”, afirmou Dino.

Além de Dino e Fufuca, estiveram presentes na cerimônia outros ministros: Juscelino Filho, das Comunicações; Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, Nísia Trindade, da Saúde; Jader Filho, das Cidades; Luis Marinho, do Trabalho e Emprego; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário; e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional.

Assim como outras autoridades, como a vice-governadora do DF, Celina Leão; o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB); o ministro da Controladora-Geral da União, Vinicius Marques; parlamentares e presidentes de confederações brasileiras de modalidades esportivas.

O presidente Lula, no entanto, não participou da cerimônia. O mandatário empossou Silvio Filho e o ministro André Fufuca (PP-MA), em uma solenidade a portas fechadas pela manhã, acompanhado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no Palácio do Planalto.

Em vídeo divulgado sobre o evento privado, o mandatário disse estar “muito satisfeito” com a posse dos novos ministros. “Estou muito satisfeito com a conclusão que nós chegamos na montagem do governo. Eu acho que estamos vivendo um momento de muita expectativa no Brasil”, declarou.

Discurso no Planalto

Em pronunciamento na sede do Executivo federal após a posse, Fufuca exaltou a antecessora, Ana Moser, e defendeu que tem um desafio pela frente: fazer uma “revolução no esporte”, a partir da democratização da prática esportiva.

O ministro defendeu ainda que a qualidade do esporte no país é “quase zero”.

“Não podemos falar numa revolução esportiva a partir do momento em que temos disparidade entre o tratamento do esportista masculino e da esportista feminina. Não podemos falar de uma revolução esportiva no momento em que temos um esporte de qualidade quase zero no país”, prosseguiu.

Segundo Fufuca, há “muito a avançar, muito a crescer, e tenham certeza de que aqui tem um jovem com disposição, com vontade de trabalhar e com humildade para que possa crescer junto com todos o esporte nacional brasileiro”.

Partidos com opositores de Lula

Indicados pelo grupo político ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os novos ministros são uma tentativa do governo de melhorar sua relação sobretudo com a Câmara, onde tem custado a aprovar seus projetos prioritários.

Assim como a posse, que foi fechada, a adesão dos partidos do Centrão ao governo é um tanto envergonhada. As bancadas não estão totalmente fechadas com o governo e há nas siglas opositores abertos de Lula, como os senadores Damares Alves (DF) e Hamilton Mourão (RS), ambos do Republicanos.

O objetivo da articulação de Lula, porém, é angariar parte dos votos dos partidos do Centrão com mais facilidade. Ainda assim, a tendência é que o governo continue precisando negociar pauta a pauta, liberando emendas e cargos, para garantir a passagem de sua agenda no Congresso.

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