Em entrevista, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) desmente fake news sobre proibição evangelização nos presídios / Foto: Neto Diniz

SÃO LUÍS, 25 de maio de 2024 – O juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, que é presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), bateu um papo na tarde deste sábado, 25/5, com os ouvintes do podcast ‘Pinga-Fogo’, da rádio Cultura FM 106,3.

Na entrevista, o magistrado rebateu mentiras propagadas pela deputada estadual Mical Damasceno (PSD) por criticar uma resolução do CNPCP que, segundo ela, proibia a pregação do evangelho e a realização de cultos e orações nos ambientes prisionais.

“Isso é fake, é mentira e enganação. É tentar, a partir da desinformação, obter votos das pessoas. Essa acusação feita pela deputada e outros, é ridícula! A resolução garante a liberdade religiosa. O que ocorre é que eles resolveram interpretar errado algo que é abordado, inclusive, na resolução anterior. A resolução nº 8, de 2011, já vedava o proselitismo religioso dentro do sistema prisional”, esclareceu.

No bate-papo agradável, o Dr. Douglas ainda chegou a fazer um desafio, inclusive, para os líderes religiosos da congregação da própria deputada Mical. O presidente do CNPCP pediu que algum pastor ou padre viesse a público para dizer que tentou visitar alguma unidade prisional no Maranhão para pregar alguma coisa e não conseguiu?

“Dentro do presídio, para ficar claro o que é permitido e proibido, pergunte a qualquer pastor, padre ou qualquer pessoa de outra religião que visita os presídios aqui no Maranhão, se depois da resolução eles foram proibidos de entrar [nas unidades prisionais]? Eu quero ver o mentiroso que virá aqui dizer que foi proibido. Eu quero ver quem é o mentiroso, seja de qualquer religião, inclusive, da própria igreja da deputada, que foi lá pra pregar alguma coisa e não conseguiu?”, questionou.

Trabalho valoroso dos religiosos 

Na ocasião, o convidado relatou que esse assunto já lhe fez perder a paciência porque, segundo ele, é tão valoroso o trabalho que os religiosos fazem no sistema prisional, que o próprio órgão responsável por propor diretrizes da política criminal no país, faz questão de atuar para proteger o direito deles de continuar fazendo.

“Esse assunto já me fez perder a paciência porque é tão valoroso o trabalho que os religiosos fazem no sistema prisional e, nós protegemos tanto o direito deles de continuar fazendo, que me causa uma profunda irritação cada vez que alguém mentir, ainda mais em um plenário de Assembleia Legislativa, com essas acusações falsas”, completou.

Uso de câmeras corporais

A entrevista trouxe uma grande audiência ao programa com ouvintes participando, através de comentários ao vivo nas redes sociais e, por meio das demais plataformas, que a emissora disponibiliza para interação com o público.

Durante sua participação, Douglas Martins também falou sobre a recomendação do CNPCP para uso de câmeras corporais para agentes de segurança. De acordo com ele, “o uso dos equipamentos traz maior transparência e aprimora a atividade de segurança pública, ampliando e fortalecendo os vínculos de confiança do agente de segurança com a sociedade”.

A entrevista com o convidado no programa durou pouco mais de 30 minutos e foi conduzida pelo apresentador Neto Cruz, contando com a participação do jornalista Isaías Rocha.

Assista a seguir a íntegra da conversa:

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