Servidores foram exonerados após apreensão de veículo com R$ 1,1 milhão no porta-malas / Foto: Reprodução

Para 40,1% dos ludovicenses, os servidores exonerados não são os únicos culpados pelo automóvel, que foi encontrado abandonado com mais de R$ 1,1 milhão dentro do porta-malas, no bairro Renascença, em São Luís, conforme revelou uma pesquisa do Instituto Solução Consultoria divulgada pelo portal O Quarto Poder nesta segunda-feira (2).

Os que consideram que os funcionários são os principais culpados somam 14,6% e os que não sabem ou não responderam totalizam 45,3%.

Além de aferir o grau de influência em relação aos possíveis culpados, o levantamento também avaliou a percepção do eleitorado sobre a grande quantia de dinheiro escondida no porta-malas.

Neste cenário, 79,5% afirmaram que conhecem ou já ouviram falar sobre o episódio que é alvo de investigação policial. O estudo apontou que 9,9% deles disseram que não tomaram conhecimento e 10,6% não souberam opinar.

Metodologia

A Solução fez entrevistas presenciais com 837 ludovicenses entre os dias 13 e 16 de agosto. O índice de confiabilidade é de 95% e o levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MA017822024.

Entenda o caso

O prefeito de São Luís teve o nome envolvido no caso após Carlos Augusto Diniz da Costa, até então funcionário comissionado da prefeitura, se apresentar como dono do veículo, no entanto, segundo a Polícia Civil, o carro está registrado no nome de outra pessoa.

Carlos Augusto trabalhava na Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit), de São Luís, e recebia um salário de R$ 3.400. Mas foi exonerado cargo, no dia 31 de julho, após a repercussão do dinheiro encontrado.

A quantia de dinheiro escondida no porta-malas de um carro abandonado no bairro Renascença, no dia 30 de julho.

No dia 30 de julho, quando o veículo foi encontrado com a mala cheia de dinheiro, Carlos apareceu no local e afirmou aos policiais militares, que vistoriavam o veículo, ser o dono. Na ocasião, o homem disse aos PMs que tinha emprestado o carro a um amigo.

No mesmo dia, ao ser intimado para depor na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), sobre o caso, Carlos Augusto compareceu, acompanhado por um advogado, mas ficou em silêncio.

Outro fato que liga o nome do prefeito ao caso é que o motorista, que aparece em imagens de câmeras de segurança deixando o carro com R$ 1.109.350 dentro do porta-malas, era Guilherme Ferreira Teixeira, que, em 2019, foi secretário parlamentar de Braide, que era deputado federal na época.

Guilherme seguiu trabalhando com Braide na Prefeitura de São Luís, como assessor especial da Secretaria Municipal de Governo, até fevereiro de 2023. Ele deixou o cargo para ser assessor técnico do deputado estadual Fernando Braide, que é irmão de Eduardo Braide.

Já o carro preto, que deu carona para Guilherme no momento em que ele abandona o Clio com o dinheiro, está no nome da mãe de Fernando e Eduardo Braide, Antônia Maria Martins Braide, que morreu em outubro de 2010.

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