O grito abafado de desespero foi imediato. Na plateia, a decepção em formato de espanto: o senador mais votado da história do Maranhão errou.

Conhecido por ser um estrategista antes das eleições, Weverton Rocha quis apressar o tempo. O senador maranhense, que é um político rápido nas articulações, desta vez acelerou antes da hora e precisará impressionar nos próximos encontros ou então sairá de cena.

Na noite deste sábado, 14, Rocha lançou sua pré-candidatura ao Governo do Maranhão, no Parque Alvorada, em Imperatriz, mas conseguiu reunir apenas 27 dos 90 prefeitos que estavam sendo aguardados, conforme dados obtidos pelo titular do blog que esteve na cobertura do evento.

A solenidade, que estava marcada para ser aberta às 18h00, iniciou com duas horas de atraso. Na abertura, apenas três discursos: Erlanio Xavier, prefeito de Igarapé Grande e presidente da Framem; do presidente da Assembleia, Othelino Neto; e de Weverton.

A coordenação do ato errou ao não colocar as lideranças políticas – deputados, prefeitos e presidentes de Câmaras –para discursar, antes da chegada do senador. Nem mesmo o prefeito Assis Ramos, anfitrião da festa, teve esse privilégio. Ficou evidente a preocupação com a ausência dos convidados.

No Atletismo, segundo regulamento do esporte, o velocista que queimar a largada é automaticamente desclassificado. Na política, essa prática nem sempre significa ‘eliminação’.

O próprio Weverton já tinha cometido o mesmo erro durante as eleições para o Senado em 2018, mas não tinha sido desclassificado porque, na época, conseguiu obter apoio do governador Flávio Dino (PCdoB) e, mesmo ‘queimando’ a largada, virou o ‘campeão’ em votos para senador.

Como não é homem de recuar, o senador vai precisar melhorar para impressionar, visando enfrentar a próxima batalha eleitoral. Ele deixou o local tentando entender o recuo dos 63 prefeitos que não apareceram? Ninguém ousou perturbar. Saiu da Princesa do Tocantins direto para Brasília tentando buscar algo que possa lhe garantir uma estrutura para o novo confronto.

De uma coisa ele tem certeza: sua exposição também expôs aliados que colocaram a cara a tapa. Casos como, por exemplo, o deputado federal Cleber Verde, presidente do Republicanos; André Fufuca, presidente do PP; Juscelino Filho, presidente do DEM; Pedro Lucas, que deverá assumir o PSL; Othelino Neto, presidente da Assembleia, dentre outros.

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