O episódio que levou à saída do ex-deputado Joaquim Haickel, do comando da Secretário Municipal de Comunicação (Secom) – a quarta baixa entre a equipe de secretários do prefeito de São Luís, Eduardo Braide – expõe uma importante característica que deve permear todo o mandato do novo prefeito: a influência dos irmãos de Braide no Palácio de La Ravardière – sede da prefeitura ludovicense, elevando a temperatura das crises internas e externas.
Ex-secretários escanteados e substituídos por discordar desse tipo de interferência descreveram ao blog a gestão bradista como uma fábrica de crises, que carece de planejamento estratégico e é movida pelo desejo exacerbado do poder. O reflexo disso é que, com tantas trocas, sobretudo em áreas estratégicas, o governo se torna ingovernável.
Em 273 dias, 04 secretários pediram demissão ou deixaram os cargos, somando uma saída a cada dois meses. Além de Joaquim Haickel, já tinham caído a vice-prefeita Esmenia Miranda, da Secretaria Municipal de Educação (Semed); Flávio Olímpio, da Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Diego Rodrigues, exonerado da Secretaria de Informação e Tecnologia (Semit). Pelo menos, em dois destes casos, a mudança de comando nas pastas teve influência de um dos irmãos do chefe do executivo municipal.
Haickel evitou dar informações sobre a decisão e avisou a antiga equipe sobre sua saída do cargo apenas na manhã de ontem. Ele estava na função desde janeiro deste ano. De forma fria, como é peculiar do seu perfil, Braide também não deu maiores detalhes da troca na Secom e apenas agradeceu o trabalho que o ex-titular realizou à frente da pasta.
Embora não se saiba os reais motivos das exonerações, uma coisa é certa: O primeiro sinal de que um governo municipal, estadual ou federal não vai bem são as constantes mudanças de auxiliares no primeiro escalão, conforme lembrou o jornalista Domingos Costa em seu blog homônimo.
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Concordo com você, o governo Braide está perdido, pois ainda não se encontrou e parece parado no tempo.
A Semed tem deixado a desejar, e já circula um boato no São francisco de que o secretário Marco Moura deixará o cargo, não sei se o boato se confirmará, mas se for verdade será ruim para a educação. O atual prefeito poderia ou deveria fazer diferente do que fez o antecessor, porém não o fez nem parece disposto a ser diferente.