O racha na base aliada, que ficou demonstrado no polêmico discurso do vereador Marquinhos (DEM), começou a preocupar o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) nessa reta final de governo. Logo após o parlamentar democrata afirmar que o chefe do executivo municipal era um ser humano desprezível, foi a vez do vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís, Astro de Ogum (PCdoB), apresentar requerimento verbal solicitando à Mesa Diretora que avoque e submeta ao plenário as contas de governo, relativas ao exercício financeiro de 2013, de competência e responsabilidade do atual prefeito.
Se houver entendimento dos líderes de partido, é provável que o balanço financeiro entre na pauta do próximo dia 29 de dezembro, durante uma sessão extraordinária quando estará prevista a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021, que define as receitas e despesas previstas pelo Executivo Municipal para o próximo ano.
O blog apurou que a principal preocupação do Palácio de La Ravardière é que a insatisfação dentro da base possa gerar grandes dificuldades na votação de interesse do próprio Edivaldo, já que ele não teria votos suficientes para convencer o plenário a aprovar.
Com isso, a angústia e inquietação do prefeito tem um motivo: além de causar uma repercussão negativa ao final de seu mandato, a rejeição do balanço financeiro poderia deixar Edivaldo inelegível pelos próximos 8 anos sem nenhuma perspectiva de disputar qualquer cargo daqui a dois anos.
Para conter o incêndio, os ‘bombeiros governistas’ já foram escalados para apagar o fogo. No entanto, só saberemos se ainda vão existir chamas acesas na próxima sessão. Até lá, só resta mesmo a expectativa.