A Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão (SES) apresentou novos dados sobre a microcefalia no estado nesta segunda-feira (22). Por nota, o órgão informou que o Maranhão tem 181 casos de microcefalia notificados, dos quais 14 foram confirmados. Na terça-feira (16), a secretaria havia divulgado o número de 159 casos de microcefalia associados ao vírus da Zika no Maranhão.

Neuropediatra observa exame de imagem de bebê com microcefalia (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

Dos 181 casos notificados de microcefalia, 16 já foram descartados, 14 confirmados e os demais seguem sendo investigados. De acordo com a secretaria, todas as crianças nascidas com perímetro cefálico (PC) igual ou inferior a 32 centímetros, devem ser consideradas notificadas com microcefalia.  No entanto, os casos confirmados de microcefalia somente depois dos exames de imagem solicitados pelo Ministério da Saúde.

Na semana passada, a SES chegou a informar que no Maranhão, de acordo com o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), foram notificados anteriormente 159 casos de bebês com microcefalia em 61 municípios – Dos casos apresentados, 50 mães tiveram sintomas do Zika Vírus em algum período da gestação.

Segundo a SES, a divergência nos números ocorreu por causa dos novos critérios para avaliação da doença adotados pelo Ministério da Saúde no dia 18 de janeiro.

Microcefalia
A microcefalia é um quadro em que bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado (perímetro menor ou igual a 32 cm) e que compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. As causas exatas do surto no Brasil ainda estão sendo investigadas, mas há fortes evidências de que o zika vírus tenha relação com o surto.

Ele circula no país desde maio do ano passado e uma das hipóteses é que chegou aqui junto com turistas que vieram para a Copa do Mundo. Os casos de microcefalia coincidem com áreas em que o vírus circulou no ano passado.

Transmissão
O vírus zika é transmitido especialmente por mosquitos infectados, principalmente o mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A maioria das pessoas não tem sintomas, mas quando surgem são principalmente erupções na pele, olhos vermelhos e dores no corpo. Eles desaparecem em até uma semana, em geral.

Em novembro, o governo declarou estado de emergência em saúde pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste.