À meia noite de domingo (31), o prefeito de Bacuri – Richard Nixon Santos estará deixando um cargo, mas, certamente, com a sensação de dever cumprido. Apesar das inúmeras intemperes, no dia 12 do mês em curso, ou seja, menos de 10 dias após assumir o cargo, o prefeito conseguiu efetuar o pagamento da folha do mês de novembro e, ontem(29), quando não mais acreditavam que seria possível, o funcionalismo recebeu, na sua integralidade, o 13º salário.
Richard Nixon assumiu o comando do município em cumprimento a decisão do juiz da Comarca –Thadeu de Melo Alves que, no último dia 02, afastou o prefeito José Baldoíno Nery por atos de improbidade administrativa.
“A verdade é muito clara. Mesmo que não seja externado, as pessoas costumam imaginar que, enquanto gestores, o nosso propósito é desviar recursos, principalmente quando assumimos o comando do Executivo no “apagar das luzes”, assim podemos dizer. Só que isso não é verdade. Existem pessoas e pessoas. Não podemos generalizar as coisas. Vocês não tem noção da alegria que sinto em garantir o direito dos nossos servidores, pagando-lhes não só o salário do mês, mas, também, o 13º salário”, disse o prefeito.
Quanto ao mês de dezembro, Richard Nixon explicou que o pagamento não foi efetuado por conta do bloqueio judicial nas contas do município, contudo o prefeito assegurou para janeiro, através de petição apresentada pela Procuradoria do Município, requerendo ao magistrado que seja determinado a efetuação do pagamento.
Outras ações do gestor, além do pagamento dos servidores, merecem destaque, tais como, a formação de supervisores e diretores, nos dias 27 e 28/12, bem como a formatura de 67 Doutores do ABC(educação infantil), tanto na sede quanto no povoado Madragoa. “Deixo o cargo com a sensação de dever cumprido. Realizei o que foi possível”, finalizou.
É oportuno ressaltar que, o prefeito afastado – José Baldoíno – teve seu pedido de candidatura indeferido pela justiça eleitoral, por ter sido condenado a perda do cargo. Juntamente com outras dezenas de pessoas, ele é acusado de fraudar uma licitação para contratação de transporte escolar, ocasionando a morte de 14 adolescentes em 2014. O engraçado é que mesmo após decisão judicial, Baldoíno se manteve no cargo, também por força de decisões proferidas pela Justiça maranhense.