Senador Roberto Rocha em entrevista à Rádio 92.3 FM (Fotos: Lene Alves/Rádio Noticia Maranhão)

O presidente estadual do PSDB no Maranhão, senador Roberto Rocha,  disse em entrevista à Rádio 92.3 FM nessa sexta-feira (20), na sede da emissora na Grande São Luís, que o governador Flavio Dino (PCdoB), instalou no estado um governo com projeto para se perpetuar no poder. Entrevistado no programa Na Hora, pelo jornalista Isaías Rocha e pelo radialista Flavio Chocolate, o tucano reafirmou sua pré-candidatura ao governo do Maranhão, condenou o uso político da polícia e fez um balanço dos três anos de mandato no Senado.

“Eu coloco meu nome para o meu partido, o PSDB, para que a gente possa avaliar, dentro do partido, inicialmente, uma alternativa que possa fazer com que o Maranhão tenha a oportunidade de olhar para frente, porque infelizmente o debate politico que a gente percebe é um debate que levar todo o olhar para o retrovisor, para o passado”, afirmou.

Rocha destacou sua carreira política e falou das circunstâncias que o levaram a concorrer ao cargo de governador este ano, afirmando sempre uma proposta diferente, pois, segundo ele, o debate até aqui tem sido travado entre quem está no governo e quem estava no governo.

“Ou seja, um debate que não é um debate nem sequer do governo. É de pessoas. É fulanizado. A gente quer promover um debate do estado. Uma coisa é o governo, outra coisa é o governador, outra coisa é o estado. Eu, por exemplo, sou senador do estado do Maranhão. E quem governa tem que ser governador do estado para que as pessoas possam ter perspectiva”, reforçou.

Ao responder questionamento sobre seu rompimento com o governador Flávio Dino, Rocha foi sucinto e afirmou que escolheu ser aliado na campanha do comunista, mas ao chegar ao poder, o chefe do executivo lhe escolheu para ser adversário no governo.

Ao fazer um balanço do resultado das filiações no período em que a janela partidária esteve aberta, o senador disse que o PSDB presidido por ele no estado virou um fiel depositário da infidelidade comunista, lembrando entrada no partido dos deputados federais – José Reinaldo e Waldir Maranhão, ambos, assim com ele, oriundos do grupo comunista.

No bate-papo, Roberto Rocha também se manifestou sobre o ofício que encaminhou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, solicitando que a Polícia Federal investigue as circunstâncias da morte do médico Mariano de Castro. Segundo ele, era seu dever fazer isso, já que se tratava de uma investigação da aplicação de recursos federais.

O pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Leões fechou sua entrevista condenando governador por usar a polícia para manter poder e garantiu que cobrar dos órgãos responsáveis uma apuração sobre o procedimento da Polícia Militar que determinava espionagem de adversários políticos do comunista.

Ouça a entrevista na íntegra