Na política, o senso co­mum diz que dois aliados devem caminhar juntos para usufruir os benefícios, mas também para compartilhar os ônus. Em Bacabeira, cujo prefeito Alan Linhares atualmente pertence à base do governador, não é o que está acontecendo.

Terminado o pleito do ano passado, Linhares que havia sido eleito em 2012 pelo PTB, partido que sempre apoiou o grupo Sarney, resolveu se filiar ao PCdoB do governador Flávio Dino, na intenção de conseguir a liberação do pagamento dos convênios, deixados pela ex-governadora Roseana Sarney aos gestores que apoiaram a candidatura do empresário Edinho Lobão (PMDB), adversário politico do governador maranhense. Ocorre que tudo foi em vão. O prefeito bacabeirense assumiu o papel de ‘comunista’ sem ser oficialmente aliado governista. É justamente aí que está a tônica da questão.

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Desprestigiado e concentrando altos níveis de impopularidade, em razão de sua gestão altamente reprovada, Alan Linhares achou que virando um comunista, poderia mudar esse quadro de rejeição para conseguir as condições necessárias de disputar uma reeleição. Mas a estratégia ‘camaleão’ não funcionou. Ou seja, o governador Flávio Dino tem um ‘aliado’ comandando a Prefeitura de Bacabeira do qual não se sabe se está em posição de parceria ou de oposição.

Pra piorar ainda mais a situação de Linhares, durante a programação oficial da I Marcha Municipalista do Maranhão, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) que é amigo do ex-prefeito Hilton Gonçalo (PCdoB) — esposo da pré-candidata a prefeita de Bacabeira, Fernanda Gonçalo (PMN), chamou o evento de “marchinha” e ainda disse que ele e Flávio Dino foram eleitos com o apoio de apenas 17 prefeitos, o que não inclui o gestor bacabeirense.