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O pré-candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Maranhão (OAB-MA), Mozart Baldez, anunciou na última sexta-feira (20), em sua Coluna Data Vênia, no Caderno JP Turismo, do Jornal Pequeno, uma das propostas de campanha para os advogados em início de carreira.

O projeto chamado de “Advogado do Futuro”, que ele pretende implantar a partir de 2019, na prática visa criar incubadoras de escritório de advocacia, para ajudar advogados recém-formados a iniciar seu empreendimento “solo” ou em sociedade com colegas.

A decisão foi tomada após debate na reunião de trabalho do movimento denominado – “A Ordem é Reconstruir”. Segundo Baldez, “a proposta é justa do ponto de vista social e ainda é estratégica como mecanismo de inserção profissional do advogado que está iniciando sua carreira no competitivo mercado de trabalho “.

Confira abaixo a integra do artigo sobre a proposta inovadora:

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INCUBADORA DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA AUXILIA RECÉM-FORMADOS A TEREM SUCESSO AO EMPREENDER NA CAREIRA!

Meus caros leitores. Recentemente tive a honra de ser convocado por um grupo seleto de advogados (as) qualificados da advocacia maranhense para liderar um movimento denominado ‘’ – A ORDEM É RECONSTRUIR’’. Tudo em função do momento crítico que vive a nossa instituição, a advocacia, os advogados, jurisdicionados e também em razão das eleições para a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Estado do Maranhão, que serão realizadas no próximo mês de novembro.

Ao aceitar o desafio acabamos nos tornando um pré-candidato. Sempre respeitando a máxima de que ninguém é candidato por si só. A priori decidimos que o movimento deveria se reunir em oito (8) oportunidades, todas as sextas-feiras em nosso escritório a partir de 16 horas. Estamos nesta semana alcançando a sexta reunião.

Posteriormente, cumprida a primeira etapa, decidimos percorrer os municípios e realizar reuniões pontuais com os advogados militantes interessados nessa reconstrução. Por fim serão constituídas duas comissões permanentes de trabalho que serão responsáveis pela sistematização de tudo que foi colhido e discutido em todos os encontros.

Encerradas todas as etapas de pesquisas, levantamentos, estudos, discussões, etc., a advocacia terá uma plano geral de trabalho e regras de ação a serem postos em discussão junto a todos os participantes do grupo e da chapa, para posterior submissão a classe por ocasião da campanha eleitoral.

O nosso grupo é constituído de advogados (as) de todas as gerações. Os debates abordam efetivamente os problemas diários, presente e futuro da advocacia. Pretendemos fincar os princípios que devam doravante nortear os gestores da OAB MA, assim como um plano emergencial que deva tratar dos principais problemas da profissão a serem discutidos e resolvidos de imediato com as autoridades afins.

Iremos ainda priorizar projetos a serem executados a pequeno, médio e longo prazo. Temos a consciência plena de que em três anos não se resolverá todos os problemas dos advogados. Mas tudo isto será dissecado oportunamente. O certo é que com as proximidades das eleições, o que pretendemos é apresentar à categoria de advogados (as) um pacote mínimo de medidas factíveis e que transforme a OAB MA numa construtora e executora de realidades e não de sonhos.

Nenhum pré-candidato poderá se arvorar em concorrer a um cargo eletivo na Ordem sem um planejamento prévio, baseando as suas futuras ações em estudos e discussões democráticas. E é isso que temos feito todas as semanas, ouvindo a todos , principalmente os novos advogados (as).

Ora, temos vários desafios pela frente. Mas um pré-candidato tem que pensar , quando lá chegar, quais vão ser as suas metas prioritárias e secundárias e se é possível executá-las, levando-se em consideração o poder econômico da instituição.

Hoje, inauguramos a nossa conversa defendendo e apresentando o PROJETO ADVOGADO DO FUTURO. O sonho de muitos jovens advogados é abrir o seu próprio escritório. Mas esse sonho pode ir por água abaixo logo nos primeiros dois anos do negócio por falta de planejamento e inovação. Este é o período mais crítico para qualquer empresa e não seria diferente na área jurídica e, se somarmos a falta de experiência gerencial dos profissionais recém-formados em Direito, o cenário tende ainda mais ao desastre. A solução pode estar na “Incubadora de Escritórios de Advocacia”, que faz a ponte entre o mercado e o conhecimento obtido nas universidades, com a experiência de mentoria em Inovação e Gestão Legal.

É sabido que a Ordem recebe cerca de quase MIL advogados por ano e essa gama de profissionais encontra-se reprimida no mercado por falta de trabalho, oportunidade e conseqüentemente de renda. Como resolver esse problema?

Nos EUA, a solução foi a criação de incubadoras de escritório de advocacia, para ajudar NOVOS ADVOGADOS a iniciar seu empreendimento “solo” ou em sociedade com colegas. A “Incubadora de Escritórios de Advocacia” é fruto de uma parceria entre a Universidade Positivo (UP) e o Instituto Internacional de Gestão Legal (IGL). Foi criada em 2015, em Curitiba (PR), para ampliar o campo de atuação dos advogados recém-formados que desejam ingressar em áreas inovadoras do Direito e fazer com que, em um ambiente propício ao empreendedorismo e com apoio gerencial, seus escritórios tenham melhores condições de deslanchar e obter sucesso.

A diferença do nosso projeto para os já criados é que utilizaremos, se formos contemplados com a vitória, de forma pioneira a Ordem dos Advogados do Brasil, que patrocinará o projeto . É evidente que num segundo plano tentaremos seduzir as faculdades a implementar as suas incubadoras.

Tudo começou com uma faculdade de Direito americana que elevou esse projeto para um novo patamar, ao associar a sua incubadora com um enorme nicho de mercado: o de pessoas que não são pobres o suficiente para ter direito à assistência judiciária gratuita, nem ricas o suficiente para contratar os serviços de um escritório tradicional de advocacia.

Não faltam clientes aos novos advogados que atuam no escritório-incubadora da Faculdade de Direito Whittier, em Costa Mesa, Califórnia. A faculdade celebrou um convênio com Legal Aid Society of Orange County, uma instituição que provê assistência jurídica gratuita a uma faixa da população com renda abaixo de um certo limite. Todas as pessoas com renda acima desse limite são encaminhadas, pela instituição, ao escritório-incubadora da faculdade.

No projeto piloto que por nós será adequado a nossa realidade e propósito , antes de atender clientes, os novos advogados passam por um treinamento de imersão, para desenvolver suas habilidades básicas na prática, têm aulas de alguns tópicos essenciais e fazem sessões de revisão de casos com advogados e juízes aposentados. Os novos advogados compartilham espaço e recursos, mas precisam, desde logo, abrir sua própria firma ou se associar com colegas para fazê-lo. E é assim que vão operar: como um escritório de advocacia.

“Uma outra vantagem nesse esforço de decolagem é a de que, apesar de estarem iniciando um empreendimento “solo”, eles não estão sozinhos. Os colegas e os mentores estão sempre por perto”, escreveu o reitor adjunto da Whittier, Martin Pritikin no site criado especificamente para o programa.

Nesse programa, que se chama “Programa de Acesso Jurídico da Whittier”, os novos advogados devem cobrar “preços acessíveis” dos clientes. E prestar algum serviço pro bono. Mas têm uma renda.

Há milhares de californianos que não são pobres o suficiente para se qualificar para assistência jurídica gratuita, mas que não podem pagar os honorários dos advogados. Ao mesmo tempo, temos advogados famintos por experiência, que desejam desenvolver suas práticas. O Programa de Acesso Jurídico da Whittier conecta essas duas necessidades para criar uma situação ganha-ganha para os advogados e para a comunidade”.

A advogada Jill Hiraizumi, que se formou em 2017, se inscreveu assim que soube do programa. Até então, ela vinha trabalhando em casa, fazendo reuniões com clientes em suas mesas de cozinha ou, quando necessário, emprestando uma mesa na sala de reuniões do escritório de um amigo advogado. Embora isso seja melhor do que ficar se lamentando por não haver emprego, ela percebia que sua posição não era muito “convincente”, ela disse ao jornal Daily Pilot.

Agora ela e mais nove colegas estão operando a todo vapor na incubadora, que têm a infra-estrutura mínima de um escritório de advocacia, com pessoal auxiliar e supervisão de professores de Direito, juízes aposentados e de advogados bem-sucedidos. Além da prática, os advogados ensinam empreendedorismo aos advogados , para que possam fazer seus escritórios alçar vôos mais altos em um futuro próximo.

MOZART BALDEZ
Advogado