O problema é que prefeito de Palmeirândia não passa confiança para nenhum dos dois grupos já que ele tem compromissos políticos com integrantes das duas chapas
As luzes do escritório de Erlanio Xavier (PDT) no edifício Tech Office, na Ponta d’Areia, orla de São Luís, varam madrugadas acesas. O prefeito de Igarapé Grande não dorme. Apesar da dificuldade, ele resiste e não pensa em renunciar na eleição da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) para o biênio de 2021/2022. Desde o dia 1º deste mês, não faz outra coisa na vida a não ser buscar estratégia para evitar um revés, tamanho o pânico de ouvir o barulho das vozes falando sobre sua fragilidade, que o prefeito de Luís Domingues, Gilberto Braga Queiroz (PSDB), o faz sentir.
Isolado como uma presa, pela matilha de chacais que o cerca e pela própria base que lhe dá sustentação política na disputa corporativa, Erlanio tenta sobreviver fazendo aquilo que o senador Weverton Rocha, seu aliado político, mais sabe fazer: promessa.
Apesar de tentativas de se fortalecer, com chamados de prefeitos para agendas com ele em seu escritório, Erlanio começa a sentir o abandono e a possibilidade de deixar o comando da Famem.
Prefeitos que caminharam com ele na disputa anterior sequer se deixam fotografar ao lado dele, tamanha a rejeição que ele sofre por conta de promessas feitas e não cumpridas pelo seu padrinho político.
Prestes a ‘morrer politicamente’ no pleito, o grupo de sustentação do pedetista ganhou um sopro com a chegada do prefeito de Palmeirândia, Edilson da Alvorada, que será candidato a diretor de Segurança.
O problema, entretanto, é que o gestor palmeirandense não passa confiança para nenhum dos dois grupos já que ele tem compromissos políticos com integrantes das duas chapas: Luciano Genésio, de Pinheiro que será vice de Erlanio; e Hilton Gonçalo, de Santa Rita, 1º secretário de Fábio Gentil.
Embora sigiloso, o voto dos prefeitos do PDT à favor do adversário de Erlanio, também é esperado. Levantamento realizado pelo blog em uma consulta com os 41 eleitos pelo partido, constatamos que pelo menos 20 deles devem contrariar o comando estadual da legenda e votar em Fábio Gentil. Além de Arquimedes, da cidade de Afonso Cunha que, inclusive, integra a chapa 2, o prefeito de Cantanhede, Zé Martinho – o Kabão (PDT), também deve votar contra seu companheiro de partido.
Na maioria dos casos, conforme o blog apurou, os gestores pedetistas afirmam que a tendência de voto em Gentil é motivada pelo fato de um dos apoiadores da chapa 2 – o deputado Josimar de Maranhãozinho – ser conhecido no meio politico como cumpridor de acordo, uma situação que causa desespero ainda mais em Weverton, que já é visto como uma ‘fama’ totalmente ao inverso. Resta aguardar até o dia 14 para saber se as projeções vão se confirmar.