O Partido Democrático Trabalhista (PDT) nacional anunciou através de suas redes sociais que seu posicionamento sobre o segundo turno em São Luís é neutro.
Ocorre, entretanto, que a pretensão de neutralidade pode parecer, à primeira vista, uma atitude de bom senso. No entanto, ela revela muito mais as verdadeiras preferências da sigla do que ela tinha intenção de mostrar.
E apesar de não querer se apresentar como vinculada a nenhum dos lados, acreditando que assim passará uma imagem de equilíbrio, acaba apenas revelando que sua posição já está definida de antemão.
O próprio comunicado da legenda deixa exposto que tal neutralidade, no fim das contas, identifica o partido com um deles. Se não, vejamos!
Ora, ao manifestar-se sobre a posição da direção do partido em São Luís de apoiar Eduardo Braide no 2° turno da eleição na capital, a sigla defendeu a decisão do PDT ludovicense, “em função das afinidades locais”, e condenou os ataques de Duarte Júnior, supostamente por Braide ser “bolsonarista”.
Para os pedetistas, cabe a Braide se assumir ou não como bolsonarista. A legenda apontou, contudo, que é “Duarte o filiado ao Republicanos, partido dos filhos do presidente da República”, repetindo um discurso usado pelos apoiadores de Neto Evangelista, que ficou em terceiro lugar com menos de 100 mil votos, contra Duarte que vai enfrentar Braide no segundo turno.
Ao atacar Duarte, o PDT Nacional ignorou o fato de alguns de seus deputados terem votados a favor da Reforma da Previdência, posição que motivou o próprio partido a punir com sanções os ‘infiéis bolsonaristas’, cujo um deles – Gil Cutrim – hoje apoia Braide na disputa pela Prefeitura de São Luís.