Histórico mostra que Peri de Baixo foi mais beneficiado justamente quando não teve um vice da comunidade

Apesar de não possuir muitas atribuições oficiais para o seu exercício, o nome dos vices são os mais esperados pelo eleitorado no pleito deste ano. A escolha de quem deve assumir tal posição nas chapas majoritárias exige grande movimentação política dos pré-candidatos ao cargo do executivo. Em Bacabeira, os pré-candidatos ainda seguem na análise para escolherem seus parceiros de campanha, que devem ser anunciados até as convenções partidárias que começam no dia 31 de agosto e encerram no dia 16 de setembro.

Mesmo sendo considerado um “cargo em espera”, a escolha de um vice-prefeito pode determinar os rumos políticos e administrativos de uma cidade, uma vez que ele pode assumir, se necessário, os comandos políticos no poder em questão. Nas eleições deste ano, o vice ganha novos contornos, uma vez que em 2020 não haverá reeleição do vice, ou seja, Ubirajara Torres – o Bira hoje já não compõe o grupo que comanda a cidade e já não pode vir a ser o candidato ao posto nestas eleições municipais.

Historicamente, a gestão bacabeirense sempre contou com vice oriundo do Distrito de Peri de Baixo, maior colégio eleitoral do município. Essa regra, entretanto, se mostrou inviável no quesito de ações práticas. Se não vejamos!

Ao longo da história de 25 anos, Bacabeira contou com seis vices que foram eleitos com os prefeitos que já comandaram ou comandam a cidade. Destes, quatro eram de Peri de Baixo: Osvaldino, na chapa de Calvet; Ducardmo e Delson com Venancinho; e Arrumadinho, com Alan. Apenas Irlahi, com Calvet e Bira, com Fernanda não moravam no maior colegio eleitoral.

Curioso, é que mesmo sem vice na atual conjutura, Peri de Baixo recebeu o maior volume de ações públicas da história do município, jogando por terra, a tese sobre a obrigação de um companheiro de chapa ser oriundo da comunidade.

No cenário atual, o companheiro de chapa da prefeita Fernanda Gonçalo – que vai buscar a reeleição em novembro, não necessariamente precisa ser de Peri de Baixo, pois o histórico provou que essa figura, mesmo morando naquela região, nunca contribuiu para o crescimento da localidade. História é fato e contra fatos não há argumentos.

Mais do que ter penetração no maior colégio eleitoral, o companheiro de chapa tem que ter popularidade no município e precisa contribuir com a gestão, principalmente no que diz respeito à segurança pública, um problema que deve ser enfrentado com sinergia já que é um dos temas que mais preocupa a população bacabeirense.

Nas próximas semanas, o blog vai fazer uma análise sobre os prováveis nomes com possibilidades reais de compor a chapa e vai mostrar, de forma técnica, como o futuro vice pode ajudar a administração na resolução de problemas e conflitos. O que Peri de Baixo – e as demais comunidades – precisa é resolver os altos índices de criminalidade, mesmo que seja com alguém de fora da própria localidade.