A nova fase da novela Velho Chico trouxe revelações e surpresas para alguns telespectadores maranhenses nessa segunda-feira (12): o motivo é a participação especial do ator, diretor, dramaturgo e professor maranhense Tácito Borralho, de 67 anos. Passados 28 anos na trama, Carlos Eduardo (Marcelo Serrado) pede ajuda ao coronel Afrânio (Antonio Fagundes) para se lançar candidato ao governo do Estado, que apresenta o genro a alguns políticos influentes da região, entre eles o senador vivido pelo maranhense Tácito Borralho.

As cenas do capítulo 25 foram gravadas parte nos Estúdios Globo, em Jacarepaguá (RJ) e parte em São Francisco do Conde (BA). À TV Mirante, Tácito contou alguns bastidores das gravações. Ele recebeu previamente as falas do personagem, mas só soube na hora qual a evolução dele na trama. E elogiou o local de trabalho escolhido pela produção de Velho Chico: ilhas paradisíacas do litoral da Bahia. “É um esplêndido set de externas”, resume.

Outra parte das cenas gravadas pelo maranhense ainda não foi ao ar, o que deve acontecer na noite desta terça-feira (12). “É um marketing bacana. Nunca havia feito novela, e tive que manter segredo. Mas acho que foi legal”, diz.

Tácito Borralho compõe um time de 70 atores escalados após mais de 400 testes em locações nordestinas – 70% do elenco é da região Nordeste. O convite, acredita o ator maranhense, veio não só por sua influência no eixo Rio-São Paulo, mas pela ‘cara de nordestino, o tipo, a idade e a voz’.

A participação teve repercussão nas redes sociais. “As pessoas me ligaram, me mandaram mensagens via WhatsApp, falando bem, mas não assim tão sou vaidoso”, disse Borralho à TV Mirante.

Tácito Freire Borralho foi criador do grupo artístico Laborarte e fundador do Centro de Artes Cênicas do Maranhão (Cacem) e vencedor do 1º Festival Nacional de Teatro de Caruaru.

Maranhenses em Velho Chico
Na primeira fase, Velho Chico contou ainda com a participação de três senhoras de Caxias (MA), a 360 km de São Luís. São carpideiras, mulheres contratadas para chorar e cantar em velórios, um costume ainda muito comum no interior do Nordeste.

Antônia Gomes, Eva Morais e Raimunda Vale participaram da cena em que a esposa de Afrânio (interpretado por Rodrigo Santoro na primeira fase) é velada.

Elas foram descobertas pela produção da novela por meio de uma reportagem da TV Mirante que mostrou os ensaios da Procissão do Fogaréu, peça onde elas cantam e choram durante o sofrimento de Jesus Cristo.