O Maranhão registrou 27,7% dos partos de meninas com idades entre 10 e 19 anos no país, de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

O Estado maranhense é 6º do ranking liderado pelo Pará (29,9%), seguido pelo Amazonas (29,2%) e Alagoas. Do outro lado da lista, os Estados com menores índices são: Distrito Federal (20,4%), Minas Gerais (21,1%) e São Paulo (21,3%).

No Maranhão, 30% das adolescentes do país engravidam de novo no primeiro ano depois do parto, o que dificulta a reintegração na escola e a entrada no mercado de trabalho. Do total, 57,8% não estudam e nem trabalham.

No Brasil, são realizados mais de 12,4 milhões de partos anualmente. Destes, 474 mil (20%) são em meninas de 10 a 19 anos de idade.

Para reduzir os índices, está em discussão na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) da Febrasgo um projeto sobre a ampliação do acesso a métodos contraceptivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas com idades entre 15 e 19 anos.

A presidente da entidade no Estado, Dra. Fúlvia Estefânia Padre e Fechine, acredita que o projeto possibilite a diminuição da mortalidade materna ou de bebês prematuros, além das mudança de projetos de vida.