O laudo que apontará as causas do incêndio registrado na manhã de ontem, em um prédio comercial na Avenida dos Holandeses, em São Luís, deverá ser expedido em até 30 dias. A informação é de O Estado.
Levantamento inicial do Corpo de Bombeiros do Maranhão indicou que um curto-circuito em uma fonte de ar-condicionado desencadeou as chamas. De acordo com pessoas que estavam na parte interna do prédio, os detectores de fumaça não foram acionados e os extintores não funcionaram. Nenhum representante do prédio quis falar sobre a ocorrência.
Segundo os bombeiros, ontem a estrutura foi isolada e toda a parte elétrica passou por verificação. Os funcionários foram liberados. Até o fechamento desta edição, o Corpo de Bombeiros ainda não havia informado sobre reabertura do centro comercial para atendimento ao público.
A reportagem esteve no local na manhã de ontem e constatou que o incêndio ocorreu no segundo andar, em uma das salas que abriga o escritório de uma empresa ligada à construção civil. Pelo menos 20 pessoas ficaram isoladas no prédio e precisaram aguardar dentro das salas até a chegada dos bombeiros. Outras duas mulheres, que não tiveram os nomes revelados, precisaram de atendimento médico por inalarem fumaça considerada tóxica. Elas foram encaminhadas para um hospital particular da cidade e passavam bem.
De acordo com o registro do Ciops, os bombeiros tiveram conhecimento do incêndio às 8h32 e chegaram ao local às 8h42. “Foi um desespero só, sem dúvida, um grande susto”, disse uma funcionária de sala do centro comercial que preferiu não ser identificada.
Laudo
De acordo com o major Ronilson Rocha, do Corpo de Bombeiros, as pessoas que permaneceram isoladas no prédio até o controle total das chamas serão acompanhadas. “Elas constarão no laudo que será elaborado pelos bombeiros”, disse. Ele avaliou como positiva a ação dos bombeiros. “Tivemos o controle rápido das chamas e nossa ação foi considerada exitosa”, afirmou o major.
Por WhatsApp
Um fato inusitado chamou a atenção no incêndio. Pessoas que estavam no prédio informaram a O Estado que somente souberam do fato por mensagens do WhatsApp. “Não houve o disparo de qualquer alarme, nada mesmo. Quando começaram a chegar as mensagens em meu celular, no início, pensei que fosse um boato. Mas com as fotos, comecei a acreditar”, disse outro funcionário vizinho à sala onde o incêndio começou que também pediu para não ter o nome revelado. Ele disse que, por um instante, temeu pela própria vida. “Somente ouvíamos os gritos do lado de fora e pensei por um momento que algo mais grave fosse acontecer”, disse.