O governador Flávio Dino (PCdoB), pelo visto, não tem recebido bem as críticas de que tem sido alvo em virtude das falhas no lockdown decretado na Ilha de São Luís.

Nesta sexta-feira (8), durante entrevista coletiva, ele não citou nomes, mas fez uma clara reclamação à parte da imprensa que tem-se mantido vigilante quanto à necessidade de endurecimento de medidas para fazer valer o bloqueio.

“Às vezes ouço críticas de que o lockdown não está funcionando. Porque há uma ideia falsa, talvez até um desejo de pessoas com más intenções, que nós iríamos promover uma espécie de regime mais duro do que o regime penitenciário, que haveria encarceramento em massa, que a polícia iria perseguir pessoas nos bairros e algemá-los, e arrastar ao cárcere”, destacou.

O governador afirmou que a polícia está autorizada a fazer cumprir o decreto, com medidas coercitivas até, mas apenas em último caso.

“Enquanto eu tiver a honra de governar o Maranhão, cenas insensatas não serão autorizadas. A Polícia está autorizada pelo Judiciário a adotar todas as medidas coercitivas necessária, porém, como último caminho”, completou, antes de disparar contra os críticos:

“Os mesmos que hoje criticam, atacam, às vezes, infelizmente, mentem sobre o lockdown, seriam os mesmos que estavam com seus celulares em punho, desejosos de filmar cenas de pessoas sendo algemadas na porta das suas casas”.