Entenda porque a politica de comunicação estatal do Governo começa a ser sinônimo de fracasso com o vexame de Rubens Júnior podendo alcançar, inclusive, outros comunistas em 2022
“Trocando seis por meia dúzia”, “amigos dos amigos” e “errar é humano, mas persistir no erro é burrice”. Esses são três adágios populares que podem muito bem definir como pensa o governador Flávio Dino (PCdoB) e seus aliados. A análise dos ditos populares nos fazem compreender a insistência do mandatário estadual em adotar uma política de comunicação, cujo estilo, ao longo do tempo, começa ser sinônimo de fracasso.
Ao anunciar a recriação da Secretaria de Comunicação e quem seria o titular da pasta, o jornalista paulista Ricardo Capelli, literalmente, Dino trocou “seis por meia dúzia”. Trouxe Capelli do purgatório em Brasília, como é chamada a Secretaria de Representação, órgão que não tem tido nenhuma função prática para o Maranhão, exceto pagar um bom salário ao aliado escolhido para comandar o órgão para que o mesmo não morra de fome e, em contrapartida, levou para capital federal Daniel Merli, que será o interlocutor nacional do governo.
Ocorre que, com similitudes no perfil e forma de trabalhar, ao que tudo indica, o resultado catastrófico ao qual foi submetido Rubens Júnior, deputado federal licenciado e atual secretário de Articulação Política, na disputa municipal em 2020, deverá se estender a grande maioria dos comunistas que pretendem enfrentar as urnas em 2022. Na verdade, Capelli e Merli só enxergam os grande veículos de comunicação, tanto que ao longo desta semana, depois de ser flagrado puxando a cachorrinha na área da Lagoa, Capelli foi visto pelo menos em três dias diferentes visitando as dependências do Sistema Mirante de Comunicação – afiliada da Globo no Maranhão, como se já fosse um dos sócios.
Eles esquecem que cada mercado tem suas peculiaridades e os gestores precisam respeitar. Ignoram que no Maranhão, diferente da grande maioria do País, o consumo de informação do cidadão não tem como foco a imprensa nacional. Por aqui, há tempos, quem vem dando o tom na política é a chamada mídia alternativa, também intitulada periférica, pois os grandes veículos não gostam de se comprometer, de tomar partido, já que possuem uma vasta relação de aliados para manter todos os seus parentes mamando nas tetas do poder público.
Além de tudo que já foi acima elencado, o mais grave em insistir nesse modelo de comunicação importada de outros estados evidencia a total falta de confiança no “dren time” da imprensa que os comunistas mantém nos quatro cantos do estado. Perguntar não ofende: será que nenhum dos jornalistas ou profissionais que acompanham o grupo desde 2014 não tem competência para exercer a função?
Oportuno ressaltar que essa análise não visa desmerecer Capelli ou Merli. De fatos ambos são grandes profissionais. Capelli, por exemplo, tem no seu currículo 15 anos de experiência na administração pública, tendo ocupado cargos de direção nos 3 níveis de governo. Destes, 7 anos atuou na formulação e execução de políticas públicas vinculadas ao esporte. No entanto, um bom gestor é aquele que tem a capacidade de desenvolver um amplo modelo de trabalho, com um olhar voltado para dentro e fora, aproveitando o estilo dos diferentes profissionais que fazem e/ou integram um grupo que tem como objetivo um mesmo projeto de poder.