Em comentário publicado nesta segunda-feira (30) nas redes sociais, o delegado Sebastião Uchôa, ex-secretário de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) insinuou que o desvio de conduta de policiais e agentes penitenciários estaria fortalecendo a atuação de facções no sistema penitenciário do Maranhão. A revelação foi em resposta a uma publicação compartilhada pelo advogado Mozart Baldez, em seu perfil no Facebook, em que um agente penitenciário confirma canibalismo no presídio de Pedrinhas.
“Prezado Baldez! Seria cômico, se não fosse trágico, reproduzir uma idiotice de tamanha inverdade. Pelo menos vão às fontes reais, não de idiotas travestidos de inteligentes ou homem de “inteligência”. Pois, sequer checaram se os fatos noticiados foram da época de nossa destemida gestão à frente do sistema penitenciário maranhense quando enfrentamos desvios de condutas funcionais e as facções gestadas nas administrações que nos antecederam”, declarou.
Uchôa defendeu ainda a apuração da Policia Federal no sistema penitenciário e deixou nas entrelinhas que o número de inquéritos policiais instaurados para apurar supostos desvios de conduta de servidores. O ex-secretário pede uma investigação por desconfiar que a rebelião prisional que tomou o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em 2010 tenha beneficiados grupos que até hoje estão impunes.
“Um dos maiores sonhos meus é ver uma investigação policial em torno dos fatos ocorridos em Pedrinhas que teve como selo de eclosão em novembro de 2010 quando da maior chacina ocorrida no presidio São Luís 1 com 19 mortes bárbaras, tudo a indicar com objetivos direcionados. Pedrinhas é caso de Polícia (mas Polícia Federal) e tenho a certeza que tirará o sono de grupos que até hoje estão impunes e integrantes até beneficiados”, revelou.
A suspeita de ligações de servidores com estas facções ficaram mais evidentes numa série de questionamentos levantados pelo ex-titular da Sejap.
“A resposta às perguntas: a quem interessava Pedrinhas em ebulição naquelas épocas? Quem se beneficiou [ou beneficiaram] com o caos implantado em Pedrinhas? Enquanto essas respostas não vierem à tona, tudo são meras asneiras… típicas de irracionais travestidos de letrados”, concluiu Uchôa.
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