Um grupo de empresas que são investigadas pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal) na Operação Sermão aos Peixes doou, ao todo, R$ 50,5 mil para a campanha do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), nas eleições de 2012.

Além de Edivaldo, que concorre à reeleição no pleito deste ano, as investigações apontam que o grupo de empresas beneficiadas com recursos públicos supostamente desviados da Saúde também irrigou pelo menos 60 campanhas eleitorais no Maranhão.

Os dados referem-se às doações aos candidatos disponíveis no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Entre as investigadas, a Kamaha Engenharia Ltda (R$ 45.000,00), Distribuidora de Medicamentos Maximus Ltda (R$ 5.000,00) e W L das S Marques (R$ 500,00) fizeram doações eleitorais ao prefeito Edivaldo Júnior.

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Segundo a PF, as doadoras são suspeitas de integrar um grupo de empresas que recebeu um total de R$ 205,6 milhões em recursos públicos através de duas entidades não governamentais – o ICN (Instituto Cidadania e Natureza) e a Bem Viver – contratadas pela Secretaria de Saúde do Maranhão para gerir unidades hospitalares do Estado. As prestadoras que integram o grupo foram contratadas, sem licitação, para serviços terceirizados.

Relatórios produzidos pela Polícia Federal que tramitam na 1ª Vara Federal de São Luís (MA), cujo responsável pelo processo é o juiz Roberto Carvalho Veloso, informam que o esquema funcionou durante a gestão de Ricardo Murad, entre 2010 e 2014, contra quem a PF pediu uma prisão preventiva sob suspeita de destruição de provas.