Por conta dos interesses antagônicos, já era dado quase como certo que cedo ou tarde, o grupo de dissidentes dos movimentos ‘União & Força’ [comandado por Pedro Alencar] e ‘Repense’ [de Roberto Feitosa], que se articularam em torno da candidatura do presidente da OAB-MA, Thiago Diaz, estaria estremecido pelo choque de interesses, por causa da disputa pela vaga de candidato a vice-presidente da entidade.
Segundo comenta-se nos bastidores da advocacia, a discórdia se instalou no grupo “A Renovação Continua” – depois que Thiago teria se comprometido a acatar sugestão de indicação, por um grupo de jovens advogados imperatrizenses, para que seu companheiro de chapa viesse de Imperatriz. No entanto, atraídos com a mesma promessa, aliados de outra uma ala do movimento em São Luís, estariam pressionando o ‘cabeça de chapa’ para cumprir acordo firmado de outrora.
Se verdade ou mentira, certamente, hoje(24), até as 18h00, a veracidade de tal informação será confirmada ou não, quando se encerrará o prazo para registro de candidaturas. Até o momento apenas duas chapas concorrem ao pleito. A Chapa 1 – “Reconstruir é a Ordem”, encabeçada pelo advogado Mozart Baldez e a Chapa 2 – “OAB de Verdade”, sob o comando do jovem Carlos Brissac.
A crise detonada com a escolha do vice causa alguns danos no grupo liderado por Thiago Diaz e gera uma nuvem de incerteza no futuro do seu grupo. O caldeirão de interesses tornou todo o seu trabalho de articulação uma via sinuosa, escorregadia e traiçoeira, que poderá lhe obrigar a contrariar o óbvio e optar pelo inesperado.
No caso da montagem da chapa que vai concorrer nas eleições deste ano da OAB, o seu contraponto precisa ser Imperatriz, que é o segundo maior colégio eleitoral, o que poderá dar um poder de fogo muito maior a sua tentativa de reeleição.
Em contra partida, Diaz não pode deixar de privilegiar a capital maranhense, onde tem o maior desgaste de sua administração. Por conta disso, uma grande operação está em curso para encontrar um meio termo.
De qualquer forma, nos grupos de aplicativos de trocas de mensagens a informação de que a “Princesa do Tocantins” poderá sofrer com mais uma traição envolvendo lideres da advocacia maranhense, pois não custa lembrar a surpreendente decisão do advogado Pedro Alencar [que é atual vice-presidente da OAB-MA], em abrir mão de sua pré-candidatura e deixar o pleito, sem comunicar os aliados imperatrizenses, para declarar apoio ao rival Brissac.
Agora, diante da possibilidade de tamanho imbróglio, uma pergunta insiste em não calar: será que os advogados do segundo maior colégio eleitoral serão novamente traídos?