Candidato do Podemos tentou expressar sinceridade, mas perdeu a linha quando ficou tenso. Com base em site especializados, blog analisa postura de candidatos à prefeitura de São Luís durante último confronto do 2º turno

Mãos apoiadas no púlpito assinalavam insegurança, como se precisasse se apoiar em algo

Manter as mãos unidas, esconder as mãos, apertá-las ou mexê-las demais. Atitudes que podem passar a impressão errada ao público sem que você abra a boca para dizer qualquer palavra.

Estudos mostram que 93% da comunicação entre pessoas são feitos via linguagem corporal. É por meio dos gestos que conseguimos estimular o canal visual dos ouvintes, aumentando as chances de eles reterem melhor e por mais tempo as informações que estamos transmitindo.

No último debate do 2º turno em São Luís, a linguagem corporal foi mais persuasiva do que a verbal. Eduardo Braide (Podemos) manteve o seu comportamento padrão, com um ar zangado e hostil, enquanto Duarte Júnior (Republicanos) apresentou um ar mais acessível e empático, sorrindo sempre que podia para demonstrar tranquilidade.

No entanto, os dois candidatos que chegaram ao segundo turno das eleições municipais na capital maranhense têm em comum o bom uso das mãos na tarefa de tentar expressar sinceridade, clareza e confiança. Mas se perdem quando os nervos estão à flor da pele — momento em que não disfarçam sentimentos de raiva e tensão que afastam o eleitor, conforme estudos analisados em sites especializados em linguagem corporal.

Com base nessas ferramentas disponíveis ao público, o blog analisou a postura de Eduardo Braide (Podemos) e Duarte Jr (Republicanos) a partir das imagens dos melhores momentos do último debate do segundo turno da eleição da TV Mirante. São dois políticos experientes, com boas oratórias, mas que ainda têm muito o que evoluir no que diz respeito às mensagens transmitidas por seus gestos. No entanto, o segundo soube explorar bem a expressão corporal do primeiro sem que ele percebesse que os gestos estavam chamando mais a atenção que as palavras.

Além disso, também foi perceptível a tensão de Braide que o impediu até de sorrir durante quase 1 hora de programa. O único momento em que o telespectador percebeu um leve sorriso no rosto do candidato do Podemos foi no início de sua primeira pergunta.

Com olhar atento ao oponente, é provável que Duarte tenha percebido isso, momento em que passou a finalizar suas perguntas, respostas, réplicas e tréplicas sempre com um sorriso, pois a expressão facial de alegria tentava cativar visando deixar suas palavras marcadas na memória do telespectador.

Braide gesticulava demais com as mãos demonstrando sempre aparência sisuda

Veja como algumas expressões visuais de Braide que chamaram mais atenção do que as verbais:

MÃOS UNIDAS

Eduardo Braide está pronto para falar sobre qualquer assunto. As mãos apoiadas no púlpito assinalam certa insegurança, como se precisasse se apoiar em algo. Ao mesmo tempo, a vontade de permanecer e se agarrar ao local está presente. Estes gestos ocorrem quando a pessoa sabe que irá enfrentar dificuldades pela frente.

CARA FECHADA

Durante o debate, Braide quase não sorri e acabou não gerando empatia. Sem empatia, é mais difícil fazer com que os telespectadores criem uma conexão com candidato e prestem atenção à sua mensagem. A expressão sisuda mostrou raiva do adversário, demonstrando sinais de quem estava estressado, evidenciando a tensão na testa. Na réplica e tréplica, as câmeras focavam sempre o adversário com sorriso, passando energia positiva e demonstrando confiança no tema debatido.

Reveja o debate e confira como foi outras posturas do candidato