A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supostas irregularidades nos sucessivos reajustes de preços dos combustíveis no Maranhão deliberou, na reunião extraordinária desta quarta-feira (12), que convidará representantes da cadeia de combustíveis para prestarem esclarecimentos. Eles serão ouvidos na próxima quarta-feira (19), às 15h, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa.
Na reunião, foram aprovados os requerimentos com os convites ao presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Maranhão; a um representante da equipe técnica da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz); da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e das distribuidoras Petrobras e Ipiranga.
Segundo o presidente da CPI, deputado Duarte Júnior (Republicanos), que conduziu a reunião, o convite a esses representantes faz parte da segunda etapa dos trabalhos da comissão, que vem pautando todos os passos a partir de documentos fundamentados com informações técnicas.
“A maturidade da CPI também deve ser destacada, pois está convidando essas pessoas, na condição de que possam colaborar com elementos e sanar as dúvidas da comissão. Nosso objetivo é esclarecer o fornecimento desses produtos no nosso Estado, se o preço é abusivo, se há cartel ou não e, se houver, vamos apresentar um relatório para determinar a redução dos preços dos combustíveis no Maranhão”, assinalou.
Envolvidos
O deputado Roberto Costa pontuou que, com as informações levantadas em conjunto com o Procon e a Sefaz, que auxiliam oficialmente a comissão, agora será iniciada a fase de ouvir os envolvidos. “Depois desses depoimentos, se a comissão não se sentir segura em relação às informações prestadas, inclusive pelo Sindicato dos Postos de Combustíveis, poderemos fazer, futuramente, convocações na condição de testemunhas”, disse o relator.
Os deputados Zito Rolim (PDT) e Wellington do Curso também participaram da reunião. “Nós queremos que os consumidores saibam o que está acontecendo, o motivo desses aumentos serem tão frequentes. Estamos seguindo os passos que demonstrarão a credibilidade do trabalho da CPI”, afirmou Zito.