A deputada federal Eliziane Gama (PPS) é, indiscutivelmente, um fenômeno eleitoral no Maranhão.
Dona de um carisma incomum, lidera todas as pesquisas de intenção de votos para a Prefeitura de São Luís “sem precisar sair de casa”.
As qualidades da popular-socialista, no entanto, encerram-se aí.
No meio político é vista com desconfiança. E, mesmo sendo a favorita para a disputa de 2016, não conseguiu, nos últimos três anos – desde que surpreendeu nas eleições de 2012 -, formar um grupo que lhe desse sustentação.
Sim. Eliziane é fenômeno. Mas é uma negação como articuladora política.
E é isso o que mais pesa contra ela numa “corrida de tiro longo” como uma disputa majoritária.
Muitos dos que duvidam da sua eleição atribuem à inabilidade no trato com a classe política fator preponderante para a falta de crença numa vitória nas urnas.
O cenário para a deputada, no entanto, pode ter começado a mudar na semana passada.
O também deputado federal José Reinaldo (PSB) – que está “liberado” pelo governador Flávio Dino (PCdoB) para ter um candidato que não seja o do PTC, prefeito Edivaldo Holanda Júnior (reveja) – começou a mostrar serviço como articulador de Gama.
De cara, já chamou para a mesa de conversas o PP, de Waldir Maranhão.
Um mero almoço não pode ser tomado como ponto definitivo de uma aliança, é claro. Principalmente porque os progressistas já têm pré-candidata, a vereadora Rose Sales.
Mas o simples fato de o homem que elegeu Jackson Lago (PDT) e criou Flávio Dino (PCdoB) ter-se disposto a encampar o projeto Eliziane Gama já é, para a deputada, a certeza de que, no mínimo, ela pode voltar a sonhar com uma eleição como prefeita da capital.