A expressão popular “gozar com o pau alheio” é utilizada para definir alguém que gosta de se deleitar, comemorar ou vibrar com a conquista de outros ao invés de buscar o próprio triunfo.
O ditado popular pode ser usado perfeitamente para definir o serviço de Reabilitação Pós-Covid, que surgiu a fim de minimizar as sequelas ocasionados pelo Coronavírus proporcionando uma melhora do quadro geral dos acometidos.
Ao inaugurar na última segunda-feira, 19, o espaço que passou a funcionar na Unidade Mista do Bequimão, o prefeito Eduardo Braide se tornou ‘mais um’ a entregar o projeto, cuja “paternidade” pode ser motivo de disputas políticas em função de seu importante impacto social.
É que desde o segundo semestre do ano passado, a capital maranhense já contava com um “Reabilita Pós-Covid”, em pleno funcionamento em unidades de saúde da rede municipal. Uma das ações do programa, por exemplo, era o “Musicoterapia” que atendia pacientes do Hospital da Mulher e do Hospital Dr. Clementino Moura – Socorrão II.
OMS VEIO CONHECER PROJETO
A iniciativa pioneira implantada na gestão anterior foi tão exitosa que motivou a vinda à São Luís de uma missão de representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ligada á Organização Mundial da Saúde (OMS). A comitiva veio trocar experiências sobre o combate à pandemia da Covid-19, conferir dados e informações sobre plano de contingência, além de visitar unidades de saúde diretamente ligadas ao enfrentamento da doença.
Na época da visita, a então secretária Natália Mandarino, titular da Semus, destacou trabalhos pós-Covid que estavam sendo tocados pela pasta que comandava.
“A Prefeitura de São Luís tem realizado o enfrentamento à pandemia com muita responsabilidade. Desde as primeiras notificações, a Semus, por orientação do prefeito Edivaldo, trabalhou no plano de ação, conjuntamente com o Estado, capacitando as nossas equipes, nossas unidades de saúde. E, hoje, nós estamos indo um pouco além, pois já iniciamos os trabalhos pós-Covid, isto é, estamos em busca dos pacientes que foram acometidos pela doença e que sofreram algum tipo de sequela, para trazê-los para o sistema de saúde para reabilitação, se for preciso, enfim, para atender as necessidades de tratamento destes pacientes”, ressaltou.
A coordenadora da Unidade Técnica de Prevenção, Vigilância e Resposta a Emergência da OPAS, Maria Almiron, também avaliou a troca de experiências com as iniciativas que foram implantadas pela gestão anterior.
“Nós estamos visitando São Luís e outros municípios do Maranhão, como parte de uma série de atividades que a OPAS está realizando em todo o país, para facilitar a troca de experiências de profissionais em diversas áreas de atuação na resposta ao Covid-19, sejam elas a vigilância, assistência e comunicação. Lembrando que a pandemia ainda não acabou, portanto precisamos tomar as medidas necessárias à nossa proteção e de nossos amigos e nossa família”, destacou.
Sem se importar com o passado pedetista do projeto, Braide trata a inauguração do serviço como feito de seu governo e, tem rodado a capital mesmo com a pandemia de coronavírus, provocando aglomerações entre seus apoiadores, para vender como ‘novidade’ algumas iniciativas que já existiam antes de sua gestão.
É NOVIDADE OU JÁ EXISTIA?
O “Rapidão São Luís” é outra ‘novidade’ de Braide que já existia há quase duas décadas, por meio do BR-135, linha expressa entre quatro dos cinco terminais de integração da capital maranhense. Nem mesmo os ônibus articulados podem ser considerados algo novo na cidade, pois desde antes da licitação do transporte em 2016, esse era um serviço que já fazia parte do SIT – Sistema Integrado de Transporte em São Luís.
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